Inovando na segurança e na privacidade dos dados dos cidadãos, o Brasil avançou no uso da tecnologia blockchain para a emissão de novas carteiras de identidade. Este artigo explora os detalhes dessa inovação e como ela afetará a emissão e o uso de identidades no Brasil.
Na última segunda-feira, o governo brasileiro anunciou que utilizará a tecnologia blockchain na emissão das carteiras de identidade. Esta medida, que começa a ser renovada em estados como Goiás, Paraná e Rio de Janeiro, promete garantir uma troca de dados mais segura entre a Receita Federal e os Órgãos de Identificação Civil.
O que é Blockchain?
Blockchain é uma tecnologia que funciona como um registro digital, onde os dados são armazenados em blocos interligados. É como um “diário digital” imutável e descentralizado, onde, após a adição de informações, é extremamente difícil alterá-las, o que aumenta a segurança do sistema.
A decisão de usar a tecnologia blockchain na emissão de carteiras de identidade surge como uma forma de aumentar a segurança e a privacidade dos dados dos cidadãos. O blockchain é uma tecnologia robusta e segura que permite a transparência, rastreando todas as ações e reforçando a confiança dos usuários.
Como o Blockchain funciona nas carteiras de identidade
Na nova carteira de identidade, o blockchain funcionará como um sistema de registro e verificação de dados. Quando uma nova identidade é emitida, os dados do titular são registrados no blockchain.
O uso de blockchain na emissão de carteiras de identidade traz vários benefícios. Além de aumentar a segurança e a privacidade dos dados, a tecnologia também facilita a verificação de identidades, o que pode ser especialmente útil em situações que desativam a autenticação rápida e segura.
Apesar dos benefícios, o uso de blockchain na emissão de identidades também levanta algumas preocupações. A principal delas é a possibilidade de que, se os dados forem comprometidos, a natureza imutável do blockchain tornaria difícil corrigir o problema.
Os primeiros estados a adotar a tecnologia blockchain na emissão de carteiras de identidade são Goiás, Paraná e Rio de Janeiro. Nos próximos dois meses, outros estados deverão se juntar a eles.
A expectativa é que a adoção da tecnologia blockchain na emissão de carteiras de identidade se torne mais comum. Com o tempo, espera-se que outras áreas do governo também comecem a explorar o uso de blockchain para melhorar a segurança e a eficiência de seus serviços.
Preciso trocar meu RG atual pelo novo RG imediatamente?
Não é necessário trocar imediatamente seu documento de identidade pelo novo modelo. O modelo de RG atual ainda tem validade até 2032. Todavia, os novos documentos continuarão sendo emitidos pelos respectivos órgãos estaduais, como as Secretarias de Segurança Pública.
Para solicitar o novo documento, será necessário ter em mãos a certidão de nascimento ou casamento, um documento de identificação com foto e o CPF atualizados. Caso o CPF não esteja regularizado, a atualização pode ser feita pelo e-mail da Receita Federal.
Quais outros documentos aparecerão no novo RG?
A nova Carteira de Identidade Nacional terá duas versões: física e digital. A versão física pode ser em papel ou em plástico, enquanto a digital será obtida apenas após o envio da carteira física, pelo aplicativo Gov.br.
O novo RG poderá unificar vários outros documentos, como:
- Título de eleitor;
- CPF;
- Número da Carteira de Trabalho e Previdência Social;
- Certificado militar;
- CNH;
- Números de NIS/PIS/Pasep.
Além disso, poderá constar indicativos para pessoas com necessidades especiais e o Código Internacional de Doenças (CID).