Bolsa Família terá exigência de nova carteira de identidade até 2027: veja quem precisa emitir a CIN e o que muda nos benefícios com o novo RG

O governo federal confirmou, antes de mais nada, que todos os beneficiários do Bolsa Família precisarão ter biometria cadastrada ou a Carteira de Identidade Nacional (CIN) para manter o benefício a partir dos próximos anos. A medida faz parte de uma estratégia nacional para modernizar a identificação civil e, a saber, reduzir fraudes nos programas sociais.

A princípio, muitas famílias acreditaram que precisariam correr para emitir o novo documento. No entanto, o governo esclareceu que o processo será gradual, com prazos amplos, etapas bem definidas e validação automática para quem já possui biometria em outras bases oficiais.

Por que o governo passará a exigir a CIN no Bolsa Família

Em primeiro lugar, o governo decidiu modernizar o sistema de identificação porque precisa tornar a distribuição dos benefícios mais segura. A adoção da base biométrica nacional, que reúne impressões digitais, reconhecimento facial e dados civis, permite cruzar informações com maior precisão.

Ou seja: ao exigir a CIN ou algum registro biométrico válido, o sistema reduz cadastros duplicados, evita inscrições irregulares e garante que o dinheiro chegue a quem realmente tem direito.

Prazos oficiais: entenda o cronograma até 2028

O governo adotou um calendário escalonado. Assim, os beneficiários terão tempo suficiente para se adaptar às novas regras.

A partir de 1º de maio de 2026

O governo passará a exigir biometria para novos pedidos e renovações de benefícios.

  • Quem já tiver biometria na CNH ou no TSE terá validação automática.

  • Quem nunca registrou biometria poderá ser orientado a emitir a CIN.

A partir de 1º de janeiro de 2027

O país entrará em uma fase mais rígida:

  • A biometria será obrigatória para todas as concessões e renovações.

  • O governo notificará quem não possuir registro biométrico em nenhuma base oficial.

A partir de 1º de janeiro de 2028

Por fim, a CIN se tornará o documento oficial obrigatório para todos os beneficiários.
Em conclusão, documentos antigos ou sem biometria deixarão de ser aceitos nos programas sociais.

Quem já está regular e não precisa agir agora

Antes de mais nada, grande parte das famílias atendidas pelo Bolsa Família já possui biometria ativa. Essas pessoas não precisam ir ao CRAS, nem emitir a CIN imediatamente.

O sistema reconhecerá automaticamente os beneficiários com biometria vinculada à:

  • Carteira Nacional de Habilitação (CNH)

  • Cadastro Eleitoral com biometria

  • CIN já emitida

Ou seja, se você já usou biometria para votar ou dirigir, o governo utilizará esse registro sem exigir ação imediata.

Quem realmente precisará emitir a CIN

A saber, o grupo que precisará emitir a CIN antes dos prazos finais inclui:

  • Pessoas que nunca registraram biometria

  • Beneficiários com documentos antigos, sem dados digitais

  • Famílias com inconsistências no CadÚnico

  • Quem não possui CNH, título de eleitor biométrico ou CIN

Em todas essas situações, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) enviará notificações oficiais, evitando deslocamentos desnecessários.

Exceções previstas pelo governo

O governo também definiu exceções importantes. Entre elas:

  • Idosos com 80 anos ou mais

  • Pessoas com dificuldade severa de locomoção

  • Refugiados e estrangeiros em situação especial

  • Cidadãos com impedimentos físicos para coleta biométrica tradicional

Esses grupos terão regras diferenciadas e orientações específicas em atos complementares.

Veja como emitir a Carteira de Identidade Nacional

A emissão da CIN ocorre nos Institutos de Identificação de cada estado. O processo exige agendamento prévio, especialmente em períodos de maior demanda.

Documentos necessários

  • Certidão de nascimento ou casamento

  • CPF

  • Comprovante de residência (dependendo do estado)

Valor da emissão

A primeira via da CIN é gratuita. Em muitos estados, beneficiários do CadÚnico também recebem segunda via sem custos, reforçando a inclusão social.

Passo a passo: o que fazer agora para não perder o Bolsa Família

Para orientar as famílias, o governo reforçou um conjunto de ações práticas:

1. Verifique se você já tem biometria

Se você já votou com biometria ou possui CNH, o sistema já tem seus dados. Assim, você não precisa correr para emitir a CIN.

2. Aguarde notificações

A princípio, não vá ao CRAS sem orientação. O MDS avisará sobre qualquer necessidade de atualização.

3. Acompanhe o aplicativo Bolsa Família e o Caixa Tem

As mensagens oficiais serão encaminhadas pelos meios digitais, SMS e pelas prefeituras.

4. Programe-se para emitir a CIN somente quando necessário

Em conclusão, o processo será por etapas, evitando filas e aglomerações.

Qual será o impacto para os beneficiários

Antes de mais nada, o governo garante que ninguém perderá o Bolsa Família de imediato por causa da obrigatoriedade. O cronograma foi desenhado para oferecer tempo, orientação e segurança jurídica.

Além disso, a unificação dos documentos traz benefícios diretos aos cidadãos:

  • mais segurança contra golpes,

  • menos risco de fraudes,

  • maior facilidade na atualização cadastral,

  • e integração com outros serviços públicos.

O impacto, portanto, é administrativo, não financeiro. Quem seguir as orientações continuará recebendo normalmente.

Saulo Moreira

Saulo Moreira

Saulo Moreira dos Santos é um profissional comprometido com a comunicação e a disseminação de informações relevantes. Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Com mais de 15 anos de experiência como redator web, Saulo se especializou na produção de artigos e notícias sobre temas de grande interesse social, incluindo concursos públicos, benefícios sociais, direitos trabalhistas e futebol.