O governo federal anunciou o adiamento da biometria obrigatória na hora de solicitar a maior parte dos benefícios sociais. A princípio, a exigência começaria nesta sexta-feira (21), quando o decreto entra em vigor. No entanto, o governo decidiu estender o prazo para maio de 2026, argumentando que a mudança exige ajustes técnicos complexos.
Antes de mais nada, a prorrogação afeta milhões de brasileiros que dependem de programas sociais e previdenciários. Ao mesmo tempo, o governo afirma que pretende garantir segurança contra fraudes sem impedir o acesso a quem realmente tem direito.
Por que o governo decidiu adiar a biometria
O governo avaliou a capacidade dos sistemas responsáveis por integrar dados biométricos. Em primeiro lugar, técnicos do Ministério da Gestão confirmaram que a implantação requer integração entre diversas bases oficiais. A ministra Esther Dweck explicou que o objetivo “é combater fraudes, mas sem prejudicar os beneficiários”.
Ou seja, o governo preferiu alongar o calendário para evitar cortes indevidos, filas e erros de validação.
Além disso, a equipe econômica reconheceu que o adiamento reduzirá a economia prevista com o combate a fraudes, embora não tenha divulgado valores. A decisão, porém, prioriza a continuidade dos pagamentos sem entraves.
Benefícios que só terão biometria obrigatória em maio de 2026
A saber: a maior parte dos benefícios sociais só exigirá biometria daqui a 18 meses. A obrigatoriedade começa em maio de 2026 para novos pedidos dos seguintes programas:
Benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença)
Pensão por morte
Seguro-desemprego
Abono salarial (PIS/Pasep)
Salário-maternidade
Antes de mais nada, esses benefícios representam a maioria dos requerimentos analisados todos os anos. Em conclusão, ampliar o prazo permite uma transição segura e gradual.

Quem não precisará fazer biometria
O governo também definiu exceções. Por fim, dois grupos permanecerão isentos da biometria obrigatória:
Pessoas com mais de 80 anos
Pessoas com dificuldade de locomoção
Em outras palavras, esses beneficiários não precisarão comparecer aos postos de identificação nem realizar validações digitais complexas.
Como fica o BPC com a nova regra
O governo informou que, no caso do BPC, a biometria já está em vigor para novos pedidos. A princípio, isso ocorre porque o benefício exige comprovação direta da identidade, dado o alto risco de fraudes.
Apesar disso, o governo não aplicará a exigência de imediato nas revisões cadastrais. O foco atual recai sobre novos solicitantes.
Quem já recebe benefício: o que muda na prática
Antes de mais nada, o beneficiário que já recebe um programa social não precisa cadastrar biometria agora. Em conclusão, a exigência só ocorrerá em casos como:
revisão cadastral,
atualização de dados,
ou identificação de inconsistências.
Ou seja, ninguém terá o pagamento bloqueado imediatamente por falta de biometria. O processo será gradativo.
Quantos brasileiros ainda não têm biometria cadastrada
Segundo o governo, 11 milhões de brasileiros que recebem benefícios sociais ainda não têm biometria em nenhuma base oficial. A princípio, esse número expressivo motivou o adiamento, já que parte significativa do público ainda não está integrada ao sistema digital.
Onde o beneficiário pode fazer a biometria
O cidadão poderá usar diversas bases oficiais para validar sua identidade. Em primeiro lugar, o governo aceitará registros biométricos existentes, como:
Justiça Eleitoral (cadastro do título de eleitor)
Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
Passaporte
Nova Carteira de Identidade Nacional (CIN)
Aplicativo Caixa Tem (reconhecimento facial feito no app)
A saber: a meta final é que todos os cadastros migrem para a base da CIN, que será o documento oficial nacional.
Como a biometria funcionará no Bolsa Família
Antes de mais nada, o Bolsa Família passará por um processo de implementação progressiva da biometria. Em primeiro lugar, o sistema utilizará dados biométricos existentes para validar solicitações e movimentações financeiras.
O funcionamento ocorrerá em etapas:
Solicitação do benefício: o sistema verificará automaticamente se existe biometria em alguma base oficial.
Confirmação imediata: caso a biometria esteja disponível, o pedido seguirá normalmente.
Ausência de biometria: o solicitante será orientado a cadastrar o dado antes da concessão.
Saques e movimentações: a biometria confirmará se o titular é quem realmente está sacando no Caixa Tem.
Ou seja, o governo quer garantir que o benefício chegue ao titular verdadeiro, evitando fraudes comuns em cartões e cadastros.
Por que a biometria é considerada essencial para combater fraudes
Em conclusão, a biometria impede irregularidades que o governo considera graves. Entre elas, estão:
solicitações feitas em nome de pessoas falecidas;
duplicidade de cadastros;
falsidade documental;
uso indevido de benefícios por terceiros;
saques fraudulentos no Caixa Tem.
A princípio, o governo defende que a validação digital representará uma das maiores barreiras contra golpes envolvendo programas sociais.
O que dizem os ministros responsáveis pela medida
O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, afirmou que “com os prazos dilatados, estamos mais tranquilos”. Ele reforçou que o governo pretende evitar que beneficiários fiquem sem acesso aos programas.
Por sua vez, Esther Dweck destacou que a mudança é “complexa” e exige integração entre sistemas. Ou seja, adiar a obrigação permite um funcionamento mais seguro e menos arriscado para milhões de famílias.
O que o beneficiário deve fazer agora
Antes de mais nada, quem já possui biometria cadastrada não precisa realizar nenhum procedimento adicional. O acesso aos benefícios permanecerá normal.
Por outro lado, quem ainda não tem biometria deve:
verificar se possui cadastro biométrico eleitoral;
consultar se a CNH já contém biometria;
fazer a nova CIN se desejar se antecipar;
checar o reconhecimento facial no Caixa Tem.
Por fim, basta conferir se o benefício solicitado exige biometria agora – a maioria só pedirá o registro a partir de 2026.
