O Governo Federal desligou 160 mil famílias do Bolsa Família em outubro de 2025 após realizar um pente-fino rigoroso em todo o país. A ação, a saber, analisou milhares de informações de renda e verificou divergências no CadÚnico. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) coordenou a fiscalização para garantir que o benefício alcance exclusivamente quem se enquadra nas regras.
A princípio, o governo explica que esse monitoramento ocorre de forma contínua e automática. Antes de mais nada, o sistema cruza dados declarados no CadÚnico com registros de emprego, programas federais e vínculos formais presentes no eSocial. Quando encontra uma inconsistência, o programa interrompe o pagamento sem aviso prévio.
Ou seja, qualquer informação desatualizada — por menor que pareça — pode gerar bloqueio, suspensão e até cancelamento definitivo.
Segundo o MDS, o alto volume de cortes em outubro decorreu do avanço das ferramentas de cruzamento de dados, que identificaram mais rapidamente quem ultrapassou a renda permitida ou deixou o cadastro desatualizado.
Pente-fino mira renda acima do limite permitido
Em primeiro lugar, o governo reforça que a renda per capita continua sendo o critério mais determinante para permanecer no Bolsa Família. O programa atende famílias com renda mensal de até R$ 218 por pessoa. Quando esse valor é superado, ainda que por pouco, o sistema identifica risco de corte.
Antes de mais nada, o MDS destaca que muitos desligamentos ocorreram porque famílias que conseguiram emprego não registraram a mudança de renda no CadÚnico. Mesmo quando a nova renda ainda permitia ingresso na Regra de Proteção, a omissão da informação gerou inconsistência.
A saber, a Regra de Proteção permite que famílias cuja renda suba acima de R$ 218 e permaneça abaixo de R$ 651 continuem recebendo 50% do valor do benefício por até 24 meses. Entretanto, por fim, quando esse período termina, o sistema reavalia automaticamente a renda da família. Se o valor permanecer acima do limite de entrada, o corte ocorre de imediato.
Grande parte dos desligamentos de outubro aconteceu justamente após o encerramento desse período de transição.
CadÚnico desatualizado causa a maioria dos cancelamentos
Embora a renda represente um ponto central da análise, o governo afirma que a maior parte dos cancelamentos decorre de CadÚnico desatualizado. O cadastro precisa ser atualizado a cada dois anos e sempre que houver qualquer mudança familiar.
A princípio, pequenas alterações já modificam a renda por pessoa. Veja exemplos simples:
alguém conseguiu emprego;
um filho saiu de casa;
houve mudança de endereço;
houve troca de telefone;
a família aumentou ou diminuiu.
Antes de mais nada, o governo alerta que qualquer mudança não informada faz o sistema registrar discrepâncias. Quando isso ocorre, o processo costuma seguir quatro etapas: advertência, bloqueio, suspensão e cancelamento.
Ou seja, manter o CadÚnico parado por muito tempo aumenta consideravelmente o risco de corte.
O MDS afirma que, em conclusão, a maioria dos desligamentos poderia ter sido evitada com atualização simples no CRAS.
Como evitar cortes no Bolsa Família
Em primeiro lugar, os beneficiários precisam manter o CadÚnico sempre atualizado. O governo orienta que a família procure o CRAS antes de completar dois anos sem atualização, mesmo que nada tenha mudado.
Antes de mais nada, os beneficiários devem seguir alguns passos práticos:
Informar imediatamente qualquer aumento de renda, evitando inconsistências;
Solicitar entrada na Regra de Proteção quando houver emprego ou mudança salarial;
Atualizar endereço, telefone e composição familiar sem atraso;
Atender avisos de bloqueio enviados pelo sistema ou pelo aplicativo;
Apresentar documentos completos no CRAS, incluindo RG, CPF, comprovante de residência e, se possível, comprovantes de renda.
Por fim, o governo informa que a regularização tende a ser rápida quando o beneficiário apresenta a documentação correta dentro do prazo.
Bolsa Família em 2026: veja o que muda e o que permanece igual
O Bolsa Família continuará funcionando em 2026 com as regras atuais de renda e condicionalidades. A saber, o programa mantém o valor mínimo de R$ 600, sem previsão de reajuste no orçamento inicial enviado pelo governo.
A seguir, veja os principais pontos que permanecerão em vigor:
Regras de elegibilidade continuarão iguais
A princípio, a renda per capita segue sendo o critério central: até R$ 218 por pessoa. O governo manterá o cruzamento de dados e o monitoramento contínuo, ou seja, famílias que omitirem informações correm maior risco de bloqueio.
Além disso, manter os dados atualizados no CadÚnico será uma exigência essencial.
Valor do benefício e adicionais seguem mantidos
O valor mínimo será de R$ 600, enquanto o valor médio projetado deve ficar entre R$ 673 e R$ 683, dependendo da composição familiar.
Antes de mais nada, os adicionais continuam válidos:
R$ 150 por criança de 0 a 6 anos;
R$ 50 para gestantes, nutrizes, crianças e adolescentes de 7 a 18 anos.
Ou seja, famílias maiores seguem recebendo valores superiores.
Regra de Proteção permanece ativa
Em 2026, a Regra de Proteção continuará permitindo que famílias cuja renda suba acima dos R$ 218 e fique abaixo de R$ 706 por pessoa possam receber 50% do benefício por até 12 meses.
A saber, essa regra protege famílias em transição para o mercado de trabalho, evitando quedas bruscas na renda. Por fim, ao terminar o período de 12 meses, o sistema fará nova análise automática.
Calendário seguirá o padrão pelo final do NIS
Antes de mais nada, o governo manterá o calendário tradicional, com pagamentos organizados de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS). A Caixa divulgará o cronograma de 2026 com antecedência, seguindo o modelo já conhecido pelos beneficiários.
Condicionalidades de saúde e educação permanecem obrigatórias
O programa continuará exigindo:
frequência escolar mínima;
vacinação em dia;
pré-natal para gestantes.
Ou seja, quem não cumprir as condicionalidades poderá sofrer bloqueios, assim como nas regras atuais.
