Os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem acima de um salário mínimo já têm uma previsão inicial de aumento para 2026. O reajuste estimado é de 4,66%, conforme dados apresentados pelo governo federal no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado ao Congresso.
Esse percentual é baseado na estimativa de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — indicador utilizado para corrigir aposentadorias e pensões acima do piso nacional.
Em outras palavras, quem recebe mais de R$ 1.518 por mês (valor atual do mínimo em 2025) deve ter um acréscimo aproximado de 4,66% no benefício a partir de janeiro de 2026, após a confirmação oficial do índice.
Como é calculado o reajuste do INSS para quem ganha acima do mínimo
Antes de mais nada, é importante entender que o cálculo do reajuste varia conforme a faixa de rendimento.
Os beneficiários que recebem o salário mínimo têm seus valores reajustados considerando a inflação mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Já os benefícios acima do piso são corrigidos somente pela inflação medida pelo INPC acumulado no ano anterior.
Portanto, a previsão de 4,66% ainda é preliminar, pois o índice oficial de 2025 será divulgado pelo IBGE em 9 de janeiro de 2026. Nessa data, o percentual exato será confirmado e aplicado aos pagamentos de quem ganha mais que o mínimo.
Valores previstos do INSS em 2026
Com a projeção atual, os valores dos benefícios terão o seguinte comportamento:
- Reajuste previsto: 4,66%
- Índice de referência: INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)
- Data da confirmação oficial: janeiro de 2026 (IBGE)
De acordo com os cálculos preliminares:
- Salário mínimo: deve subir de R$ 1.518 para R$ 1.631, um aumento de 7,44%.
- Teto do INSS: passará de R$ 8.157,41 para cerca de R$ 8.537,55, caso o índice de 4,66% se confirme.
Esse reajuste busca garantir o poder de compra dos aposentados e pensionistas, acompanhando a variação dos preços e evitando perdas frente à inflação anual.
Quantos aposentados serão beneficiados
Segundo dados do próprio INSS, cerca de 2,1 milhões de segurados recebem acima do salário mínimo e terão o reajuste calculado com base no INPC.
Já outros 28,3 milhões de aposentados e pensionistas recebem até um salário mínimo, o que representa a maior parte dos beneficiários. Para esse grupo, o aumento será determinado pelo novo valor do mínimo, calculado com base na inflação e no crescimento do PIB.
O calendário de pagamentos do INSS 2026 ainda será publicado oficialmente, mas deve seguir o mesmo modelo dos anos anteriores — com depósitos realizados nos últimos cinco dias úteis do mês e nos primeiros cinco do mês seguinte, de acordo com o número final do benefício.
Estimativas do governo e projeções oficiais
De acordo com o Ministério do Planejamento e Orçamento, o reajuste de 4,66% reflete a projeção do INPC divulgada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) em julho e confirmada em nova atualização feita em setembro.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor é fundamental para corrigir não apenas os benefícios previdenciários, mas também o teto do INSS, os valores de contribuição dos trabalhadores e outras referências da economia nacional.
O governo federal também destacou que, caso a inflação se mantenha dentro dessa faixa, o impacto sobre as contas públicas será considerado moderado, sem necessidade de revisão orçamentária significativa.
Novo salário mínimo em 2026
O valor do salário mínimo é o principal parâmetro para o cálculo dos benefícios previdenciários e assistenciais. Atualmente, em 2025, o piso é de R$ 1.518.
De acordo com o PLOA 2026, o valor deve chegar a R$ 1.631, o que representa um aumento de 7,45%. Esse percentual leva em conta a inflação estimada de 4,78% e o crescimento do PIB de dois anos antes, limitado a 2,5%.
Além disso, o governo já apresentou projeções para os anos seguintes:
- R$ 1.725 em 2027
- R$ 1.823 em 2028
- R$ 1.908 em 2029
Essas projeções demonstram o compromisso de preservar o poder de compra dos trabalhadores e beneficiários da Previdência, ainda que os índices variem conforme o cenário econômico.
