Adeus R$ 1.518 confirmado! Novo valor do salário mínimo para 2026 é revelado aos CLTs
O valor atual de R$ 1.518,00 tem os dias contados. A partir de 1º de janeiro de 2026, o salário mínimo nacionalpassará a ser de R$ 1.631,00, conforme proposta oficial do Governo Federal enviada ao Congresso Nacional.
A princípio, o aumento representa R$ 113,00 a mais no bolso do trabalhador, o que corresponde a 7,44% de reajustesobre o piso de 2025. O governo adota novamente a política de valorização do salário mínimo, que busca garantir aumento real acima da inflação e manter o poder de compra dos brasileiros.
Entenda a nova política de valorização do salário mínimo
Antes de mais nada, é importante compreender como o governo calcula esse reajuste. Desde 2023, a valorização segue uma fórmula permanente que combina dois indicadores:
A inflação acumulada do ano anterior, medida pelo INPC;
O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
Ou seja, o aumento de 2026 considera a inflação de 2025 somada ao crescimento do PIB de 2024, estimado em cerca de 2,5%. Com isso, o reajuste total chega a 7,44%.
Essa política devolve o ganho real ao salário mínimo, garantindo que o valor cresça não apenas para repor a inflação, mas também para acompanhar o avanço da economia.
Trabalhadores CLT sentirão o impacto direto
Em primeiro lugar, o novo piso salarial de R$ 1.631,00 passa a ser o valor mínimo obrigatório para todos os contratos de trabalho formais no país. Nenhum trabalhador com carteira assinada poderá receber menos do que isso.
Além disso, benefícios trabalhistas, como horas extras, adicional noturno, FGTS e seguro-desemprego, também serão calculados com base no novo valor.
Por exemplo:
Um trabalhador que recebe adicional noturno de 20% passará a ganhar R$ 1.957,20 mensais;
O seguro-desemprego mínimo também subirá para R$ 1.631,00.
A saber, mais de 35 milhões de trabalhadores brasileiros terão o rendimento reajustado a partir de janeiro de 2026.
Aposentadorias e pensões do INSS sobem automaticamente
Em seguida, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também reajustará os pagamentos. A partir de janeiro de 2026, aposentados e pensionistas que recebem o piso nacional terão seus benefícios atualizados para R$ 1.631,00.
Hoje, cerca de 25 milhões de pessoas recebem exatamente o valor mínimo. Assim, o aumento de R$ 113,00 mensaisrepresenta um acréscimo anual de R$ 1.469,00 no orçamento dessas famílias.
Ou seja, o reajuste do mínimo reflete diretamente na renda de milhões de aposentados e pensionistas em todo o país.
Por fim, vale destacar que o reajuste é automático. O beneficiário não precisa solicitar a atualização — o sistema do governo realiza o cálculo de forma automática no mês de janeiro.
BPC/LOAS acompanha o novo valor
O Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), pago a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade, também segue o valor do salário mínimo.
Com o novo reajuste, quem recebe o BPC passará a ganhar R$ 1.631,00 por mês.
A princípio, o pagamento é feito de forma automática, sem necessidade de novo cadastro.
Esse aumento, embora pareça pequeno, representa um reforço importante para famílias que dependem exclusivamente do benefício para despesas básicas, como alimentação e remédios.
PIS/PASEP também terá reajuste em 2026
Outro reflexo direto será no Abono Salarial PIS/Pasep. O benefício, pago a partir de fevereiro de 2026, usará o novo piso como referência.
Ou seja, o valor máximo do abono será de R$ 1.631,00 para quem trabalhou durante os 12 meses de 2024.
Quem trabalhou menos tempo receberá de forma proporcional:
6 meses de trabalho = R$ 815,50
3 meses = R$ 407,75
Em conclusão, o reajuste do salário mínimo amplia o valor do abono e beneficia mais de 23 milhões de trabalhadores.
Programas sociais e benefícios federais também serão impactados
O aumento do salário mínimo influencia diversos programas sociais e auxílios pagos pelo governo, a saber:
Bolsa Família: o critério de renda per capita para entrar no programa usa o salário mínimo como base;
Auxílio Gás e Pé-de-Meia: podem ajustar os valores e regras de elegibilidade;
Seguro-desemprego: já sobe automaticamente;
Contribuição do MEI: passa de R$ 75,90 para R$ 81,55, pois corresponde a 5% do novo piso.
Assim, o novo valor traz reflexos diretos para trabalhadores formais, autônomos e beneficiários de programas sociais, afetando de maneira positiva milhões de famílias em 2026.
Impacto fiscal e econômico do aumento
Em contrapartida, o aumento do salário mínimo também eleva os gastos públicos. Segundo estimativas da equipe econômica, cada R$ 1,00 de aumento no piso nacional gera um impacto de cerca de R$ 350 milhões no orçamento federal.
Dessa forma, o reajuste para R$ 1.631,00 pode gerar um custo adicional de mais de R$ 39 bilhões em 2026.
Ainda assim, o governo afirma que o valor já está previsto na Lei Orçamentária e que o reajuste cabe dentro das metas do novo arcabouço fiscal.
Ou seja, a política de valorização do salário mínimo permanece em vigor sem comprometer o equilíbrio das contas públicas, de acordo com o Ministério da Fazenda.
Comparativo dos salários mínimos (2024–2026)
Antes de mais nada, veja como o salário mínimo evoluiu nos últimos anos:
| Ano | Valor do Salário Mínimo | Reajuste (%) | Aumento (R$) |
|---|---|---|---|
| 2024 | R$ 1.412,00 | — | — |
| 2025 | R$ 1.518,00 | 7,5% | +R$ 106,00 |
| 2026 | R$ 1.631,00 | 7,44% | +R$ 113,00 |
Em dois anos, o aumento acumulado será de R$ 219,00, o que representa uma recuperação gradual do poder de compra e da valorização da renda do trabalhador brasileiro.
O que esperar para os próximos anos
A princípio, as projeções indicam que o salário mínimo poderá ultrapassar R$ 1.700 em 2027, se a economia mantiver ritmo de crescimento semelhante ao atual.
A política de valorização busca, portanto, garantir estabilidade econômica e social, além de fortalecer o mercado interno.
Por fim, o novo valor de R$ 1.631,00 representa mais do que um simples reajuste: ele simboliza um avanço real na renda dos trabalhadores, aposentados e beneficiários do país, contribuindo para melhorar o consumo e a qualidade de vida em 2026.
