09/11: aviso importante para clientes do Banco do Brasil com conta ativa em novembro

Nos últimos meses, clientes do Banco do Brasil têm relatado um aumento de tentativas de golpe por ligações e mensagens de WhatsApp.

Os criminosos fingem ser funcionários da instituição financeira e, com um tom urgente e convincente, usam técnicas de engenharia social para roubar dados pessoais e realizar transferências via Pix.

O golpe é especialmente perigoso porque explora a confiança dos clientes na marca Banco do Brasil e o medo de perder dinheiro. Por isso, entender como esses golpistas agem é o primeiro passo para se proteger.

Como os golpistas iniciam o contato

Tudo começa com uma ligação telefônica ou mensagem de WhatsApp de um suposto “gerente da Central de Segurança do Banco do Brasil”. O número exibido parece verdadeiro, muitas vezes, idêntico ao número oficial da instituição, graças a uma técnica chamada spoofing, que mascara o número de origem.

Durante o contato, o falso atendente informa que foi detectada uma transação suspeita” ou que “é preciso fazer uma atualização de segurança urgente. Com essa narrativa alarmista, a vítima é induzida a seguir instruções imediatas, acreditando estar resolvendo um problema real.

O tom de urgência é fundamental para o golpe funcionar. O golpista pressiona o cliente a agir sem refletir, criando um clima de pânico e confiança simultaneamente.

Entenda os principais sinais de alerta

O maior sinal vermelho é qualquer pedido de ação imediata. O Banco do Brasil nunca entra em contato solicitando instalação de aplicativos, leitura de QR Codes ou fornecimento de senhas.

Veja os sinais que devem acender o alerta:

  • Envio de links por SMS ou WhatsApp com o pretexto de “cancelar uma transação suspeita”.
  • Solicitação para baixar um “aplicativo de segurança”, que na verdade é um programa de acesso remoto usado para invadir o celular.
  • Instrução para ir até um caixa eletrônico e realizar um “procedimento de teste”.
  • Pedido para informar senhas, códigos BB Code ou tokens fora do aplicativo oficial.

Se qualquer uma dessas situações ocorrer, interrompa o contato imediatamente.

O que os criminosos realmente querem

O objetivo final dos criminosos é assumir o controle da conta bancária da vítima. Para isso, eles convencem o cliente a instalar um suposto “módulo de proteção”, que na prática é um software malicioso (malware).

Esse aplicativo dá ao golpista acesso remoto ao celular, permitindo que ele visualize a tela, colete senhas e autorize transferências sem o conhecimento do usuário.

Outro método comum é o chamado Pix de teste. O falso atendente afirma que é necessário realizar uma transferência simbólica para “testar o bloqueio da fraude”. Porém, o valor vai diretamente para a conta do criminoso, e o prejuízo é imediato.

Como se proteger ativamente desse golpe

A regra de ouro é simples: desligue imediatamente qualquer ligação suspeita, mesmo que o número pareça oficial. Os criminosos conseguem falsificar números de telefone e perfis no WhatsApp usando softwares de clonagem.

Depois de desligar, ligue você mesmo para os canais oficiais do Banco do Brasil, usando apenas números informados no site oficial ou no verso do cartão.

Outras medidas importantes de proteção incluem:

  1. Evite clicar em links recebidos por mensagens – mesmo que pareçam legítimos.

  2. Ative a autenticação em dois fatores no app do BB.

  3. Não compartilhe senhas ou códigos de segurança com ninguém, nem com supostos funcionários.

  4. Mantenha o aplicativo do banco e o sistema do celular sempre atualizados.

  5. Desconfie de qualquer promessa de resolver problemas por ligação.

Fui vítima: o que fazer nos primeiros 10 minutos

A velocidade da resposta é crucial. Se você acredita ter caído no golpe, siga estas medidas imediatamente:

  1. Desconecte o celular da internet (ative o modo avião) para interromper o acesso remoto.
  2. Desinstale o aplicativo suspeito e, se possível, formate o aparelho.
  3. Acesse sua conta do Banco do Brasil por outro dispositivo seguro e mude todas as senhas — inclusive de e-mail e redes sociais.
  4. Comunique-se com a central oficial do BB e solicite o MED (Mecanismo Especial de Devolução), uma ferramenta criada pelo Banco Central para tentar recuperar valores transferidos via Pix.

Como registrar a fraude e garantir seus direitos

Mesmo com as medidas rápidas, é essencial formalizar o ocorrido. Siga este passo a passo para ter respaldo legal e aumentar as chances de reaver o dinheiro:

  1. Reúna provas: tire prints das conversas, números de telefone, comprovantes do Pix e e-mails recebidos.
  2. Registre um Boletim de Ocorrência (B.O.) online, preferencialmente na Delegacia Eletrônica da Polícia Civil do seu estado.
  3. Com o B.O. em mãos, registre uma reclamação no Banco Central (Bacen), informando os dados da fraude e o protocolo do banco.
  4. Acompanhe o andamento do pedido de devolução (MED) junto ao Banco do Brasil.

Essas etapas são fundamentais para que as autoridades rastreiem as contas usadas pelos golpistas e, em alguns casos, consigam bloquear o valor.

Ester Farias

Ester Farias

Ester Santos Farias, 24 anos, é uma profissional apaixonada pela escrita e pelo universo jurídico. Graduanda em Direito, ela combina sua formação acadêmica com uma sólida experiência como redatora web.Com mais de seis anos de atuação no mercado digital, Ester se especializou na produção de conteúdos sobre benefícios sociais, direitos trabalhistas e direito previdenciário, tornando temas como INSS e BPC mais acessíveis e compreensíveis. Sua dedicação à escrita se reflete na precisão e qualidade dos textos, consolidando sua reputação como referência na produção e revisão de materiais voltados para o público online.Sempre em busca de aprimoramento, Ester alia sua expertise em redação à base jurídica adquirida na graduação. Seu trabalho é guiado pelo compromisso de informar e esclarecer, garantindo que o acesso à informação seja um direito de todos.