Brasileiros que possuem contas no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal precisam redobrar a atenção. Um novo alerta de segurança foi emitido nesta quarta-feira (30) sobre um golpe sofisticado que imita centrais de atendimento dessas instituições.
O esquema, conhecido como “golpe da falsa central de atendimento”, vem causando prejuízos financeiros e emocionais a correntistas em todo o país. O objetivo dos criminosos é roubar senhas, clonar cartões e invadir contas bancárias, utilizando recursos tecnológicos que tornam a fraude extremamente convincente.
Como os golpistas enganam as vítimas
Tudo começa com uma ligação inesperada ou uma mensagem de texto informando supostas irregularidades na conta bancária da vítima. O tom da conversa é sempre urgente: os golpistas afirmam que há uma transação suspeita em andamento e que precisam da confirmação imediata dos dados para “bloquear a fraude”.
Usando máscaras de número de telefone, eles fazem parecer que o contato vem diretamente da central do banco. Além disso, os criminosos empregam linguagem técnica e jargões bancários para transmitir confiança. Durante a ligação, podem até citar informações verdadeiras do cliente obtidas em vazamentos de dados.
O passo seguinte é a solicitação de informações sensíveis, como números de cartão, senhas, códigos de autenticação e dados pessoais. O argumento é sempre o mesmo: “verificar sua identidade” ou “garantir sua segurança”.
Na realidade, trata-se de uma manobra para acessar a conta e realizar transferências em nome do cliente, muitas vezes via Pix.
Formas mais comuns de contato usadas pelos criminosos
Os especialistas em segurança digital alertam que os golpistas usam diversos meios de comunicação para alcançar as vítimas, e saber identificá-los é o primeiro passo para se proteger. Entre os métodos mais comuns estão:
Ligações telefônicas persuasivas: criminosos se passam por atendentes, usando tom profissional e formal.
Mensagens SMS com links falsos: o texto alerta sobre “bloqueios” ou “compras suspeitas” e contém um link que direciona para um site falso do banco.
E-mails falsificados: simulam notificações de segurança, muitas vezes com o logotipo e a formatação idêntica à dos canais oficiais.
Aplicativos de mensagens (como WhatsApp): enviam mensagens se passando por funcionários da instituição, com fotos e números semelhantes aos verdadeiros.
Essas abordagens são planejadas para gerar medo e urgência, levando a vítima a agir sem refletir.
Como se proteger do golpe da falsa central
A melhor forma de evitar esse tipo de fraude é nunca compartilhar informações pessoais ou financeiras por telefone, e-mail ou mensagem. O Banco do Brasil e a Caixa reforçam que jamais solicitam senhas, códigos ou números completos de cartões fora de seus canais oficiais.
Veja algumas estratégias de proteção que especialistas em cibersegurança recomendam:
Confirme sempre o contato: desligue e ligue para o banco pelos números oficiais disponíveis no site institucional.
Não clique em links enviados por SMS ou WhatsApp: acesse o aplicativo ou site oficial digitando o endereço manualmente no navegador.
Desconfie de ligações alarmistas: bancos nunca pedem decisões imediatas ou transferência de valores para “contas de segurança”.
Mantenha o celular e o computador atualizados: sistemas e antivírus desatualizados facilitam ataques.
Ative autenticação em dois fatores: esse recurso adiciona uma camada extra de proteção às suas contas.
Participe de programas de educação digital: o Banco do Brasil e a Caixa oferecem cursos e cartilhas online sobre segurança financeira.
Essas medidas, simples e gratuitas, podem impedir que o criminoso tenha acesso aos dados bancários e garantir mais tranquilidade no dia a dia digital.
Principais sinais de alerta
Identificar os sinais de fraude pode ser o fator que separa um cliente seguro de uma vítima de golpe. Especialistas apontam que os seguintes comportamentos devem acender o sinal vermelho:
Pressa e urgência exagerada: pedidos para agir imediatamente são típicos de golpes.
Solicitação de dados confidenciais: nenhum banco pede senha ou número completo do cartão por telefone.
Erros de digitação e linguagem inadequada: mensagens com erros gramaticais, frases truncadas ou palavras em outros idiomas são indícios de fraude.
Pedidos de instalação de aplicativos: nunca instale programas indicados por “atendentes”. Esses apps geralmente permitem o acesso remoto ao seu aparelho.
Propostas de “reembolso imediato”: criminosos prometem resolver o problema instantaneamente, desde que a vítima forneça informações.
Estar atento a esses detalhes é essencial para não cair em narrativas manipuladoras e preservar a segurança financeira.
O que fazer se você caiu no golpe
Mesmo com cuidado, é possível ser enganado. Caso isso aconteça, a rapidez da reação pode limitar o prejuízo.
As orientações oficiais são claras:
Entre em contato imediatamente com o banco, informe o ocorrido e solicite o bloqueio de cartões e senhas.
Registre um boletim de ocorrência (pode ser feito online na maioria dos estados).
Comunique o Procon e, se necessário, abra reclamação no Banco Central.
Monitore sua conta nas horas seguintes e anote todos os contatos realizados.
Se houver perda financeira, solicite a abertura de investigação e peça o número do protocolo de atendimento.
Tanto o Banco do Brasil quanto a Caixa reforçam que mantêm equipes especializadas em fraudes, que orientam os clientes e analisam cada caso individualmente.
FAQ – Perguntas Frequentes sobre o golpe da falsa central
O que devo fazer ao receber uma ligação suspeita do meu banco?
Desligue imediatamente e entre em contato com o banco pelos números oficiais do site, aplicativo ou agência. Nunca compartilhe dados pessoais durante a ligação suspeita.
É seguro clicar em links enviados por SMS?
Não. Evite clicar em qualquer link recebido por mensagem, mesmo que pareça vir do banco. Digite manualmente o endereço oficial no navegador.
Os bancos pedem senhas por telefone?
Jamais. Nenhum banco solicita senhas, tokens ou números completos de cartões por telefone ou mensagem.
Como saber se uma ligação é verdadeira?
Desconfie sempre que o contato for inesperado. O banco nunca faz ligações pedindo confirmação de dados. Ligue você mesmo para o número do banco e confirme a informação.
O que fazer se forneci meus dados a um golpista?
Entre em contato de imediato com o banco, bloqueie seus cartões e altere todas as senhas. Em seguida, registre um boletim de ocorrência e monitore movimentações suspeitas.
