Em tempos de preços elevados e orçamento apertado, uma nova política pública começa a chamar a atenção de milhões de famílias brasileiras. Trata-se de um programa que promete garantir o acesso gratuito a um dos produtos mais essenciais no dia a dia: o gás de cozinha.
A saber, o anúncio tem despertado curiosidade e expectativa, especialmente entre os inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), que poderão receber até 6 botijões gratuitos por ano.
O benefício, conhecido como Gás do Povo, foi criado para substituir o antigo Auxílio Gás dos Brasileiros, e traz uma série de mudanças importantes. Ele amplia o número de famílias atendidas, moderniza o processo de recarga e garante uma cobertura nacional a partir de 2026.
O que é o Gás do Povo e por que ele foi criado
O Gás do Povo é uma política pública que busca garantir acesso digno e gratuito ao gás de cozinha (GLP de 13 kg), especialmente para as famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social. A proposta é simples: em vez de repassar valores em dinheiro, o governo disponibilizará vales-recarga eletrônicos para que o beneficiário retire o botijão diretamente em revendas credenciadas.
A medida representa um avanço na política de proteção social do país, substituindo o modelo de reembolso do Auxílio Gás por um sistema mais justo e eficiente. Segundo estimativas do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), mais de 15 milhões de famílias serão contempladas, alcançando cerca de 50 milhões de brasileiros.
Quem pode receber o benefício
A participação no programa será restrita a famílias que tenham inscrição ativa no CadÚnico e renda per capita mensal igual ou inferior a meio salário mínimo. Além disso, é obrigatório que o cadastro esteja atualizado há pelo menos 24 meses.
A prioridade será dada às famílias que já recebem o Bolsa Família, garantindo a integração entre as políticas de transferência de renda.
Ou seja, quem já recebe o Bolsa Família poderá acumular o Gás do Povo, sem perder nenhum dos dois benefícios. A única exceção é o antigo Auxílio Gás, que será totalmente substituído pela nova modalidade.
Quantos botijões cada família poderá receber
O Gás do Povo foi desenhado de forma proporcional ao tamanho da família, garantindo que o consumo real de cada grupo seja considerado na distribuição dos vales-recarga.
- Famílias com 2 ou 3 integrantes: até 4 botijões por ano, com validade de 3 meses cada vale. 
- Famílias com 4 ou mais integrantes: até 6 botijões por ano, com validade de 2 meses cada vale. 
Essa divisão busca assegurar que o benefício atenda de forma equilibrada as necessidades de consumo, respeitando as diferenças de composição familiar.

Como será o acesso ao benefício
O processo de retirada do botijão será totalmente eletrônico, sem repasse em dinheiro e sem intermediários. O beneficiário poderá realizar a recarga diretamente nas revendas credenciadas próximas à sua residência.
A autorização para a recarga poderá ser feita de quatro formas distintas:
- Cartão do Bolsa Família 
- Cartão de débito da Caixa Econômica Federal (para quem não possui smartphone) 
- CPF do beneficiário com código de validação enviado por SMS 
- Aplicativo Gás do Povo, a ser lançado em fevereiro de 2026 
Assim, o beneficiário só precisará apresentar um dos meios de validação na hora da recarga — sem necessidade de pagamento em dinheiro.
Como o programa será operacionalizado
O Gás do Povo será administrado pelo MDS em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME). A Caixa Econômica Federal e a DataPrev serão responsáveis por processar e validar os dados de elegibilidade das famílias e por realizar o controle eletrônico das recargas.
O objetivo é criar um sistema transparente, seguro e de fácil acesso, que garanta que o subsídio chegue diretamente às famílias que realmente precisam.
Além disso, o preço de referência da recarga não incluirá o valor do vasilhame vazio (caso a família não o possua) nem o frete, se houver cobrança pelo revendedor.
Alívio financeiro e impacto social
O custo médio de um botijão de gás no Brasil ultrapassa R$ 100, valor que pode representar até 10% da renda mensal de uma família que vive com um salário mínimo. Por isso, o Gás do Povo é visto como uma política de alívio imediato no orçamento doméstico e um instrumento de segurança alimentar e energética.
A estimativa é de que 65 milhões de recargas sejam realizadas anualmente, reduzindo drasticamente o impacto do preço do gás no orçamento das famílias de baixa renda.
Além do impacto financeiro, o programa também contribui para a saúde e segurança, já que diminui o uso de lenha, carvão e outros combustíveis nocivos, comuns em comunidades de baixa renda.
O vale será emitido em nome de quem
O vale-recarga do Gás do Povo será emitido em nome do responsável familiar cadastrado no CadÚnico. É importante que as informações estejam atualizadas, pois apenas o titular poderá fazer a retirada.
O benefício não poderá ser transferido ou vendido, e não haverá bloqueio em caso de falha na retirada — o valor é repassado diretamente ao revendedor. No entanto, famílias que deixarem de atender aos critérios de elegibilidade poderão ser excluídas do programa.
Onde tirar dúvidas sobre o programa
Quem tiver dúvidas sobre o funcionamento do programa pode entrar em contato com os canais oficiais do governo federal:
- Telefone 121 — disponível 24 horas por dia, sete dias por semana. 
- Plataforma Fala.BR — canal digital de atendimento e ouvidoria. 
Ambos os canais permitem que os cidadãos consultem informações sobre elegibilidade, credenciamento de revendas e prazos de liberação dos vales-recarga.
Um passo adiante na inclusão social
O Gás do Povo marca uma nova etapa nas políticas de combate à pobreza no país. Ele vai além do simples repasse de recursos: garante autonomia, dignidade e saúde a milhões de famílias brasileiras.
Com foco em eficiência e equidade, o programa reforça o compromisso do governo com a proteção social e com a melhoria da qualidade de vida de quem mais precisa.
 
			 
			
