NOVO RG: Saiba o prazo máximo para renovar, como emitir a carteira de identidade e quanto custa

Nos próximos anos, milhões de brasileiros precisarão trocar um dos documentos mais tradicionais do país. O que parecia distante agora ganha cada vez mais importância, especialmente porque o prazo final já está definido. Muitos ainda não sabem, mas o antigo RG deixará de valer em todo o território nacional, dando lugar à Carteira de Identidade Nacional (CIN) — um documento moderno, seguro e unificado.

Até 2032, a substituição deve estar concluída em todo o Brasil. E embora não seja obrigatória de imediato, quem depende do documento para acessar benefícios, abrir conta em banco ou viajar dentro do país deve entender como o novo sistema funciona e quando deve solicitar a mudança.

Prazo de validade do antigo RG

O governo determinou que o RG atual continua válido até 2032, mas com prazos específicos de renovação conforme a idade do titular. Isso significa que alguns documentos terão validade menor e precisarão passar por atualização antes do prazo final.

Confira como ficam as regras de validade:

  • De 0 a 11 anos: validade de 5 anos

  • De 12 a 60 anos: validade de 10 anos

  • A partir de 61 anos: validade indeterminada

Ou seja, uma criança que tirou o RG em 2023 precisará renová-lo até 2028, enquanto um adulto de 35 anos pode utilizá-lo até 2033, desde que o documento esteja em bom estado.

Por que o novo RG mudou?

O modelo antigo do Registro Geral (RG) era emitido de forma independente por cada estado, o que fazia com que uma pessoa pudesse ter mais de um número — um problema para a segurança e a gestão de dados públicos.

A nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) unifica o sistema ao adotar o CPF como único número de identificação civil. Com isso, o cidadão passa a ter apenas um documento válido em todo o território nacional, eliminando a duplicidade de registros.

Além disso, o novo documento conta com tecnologia de ponta e padrões internacionais de segurança, o que torna as falsificações muito mais difíceis e facilita a verificação de autenticidade.

Principais características da nova Carteira de Identidade Nacional

A CIN traz uma série de inovações tecnológicas e de padronização. Entre os destaques estão:

  • CPF único: o número do CPF substitui o RG como identificador principal.

  • Modelo nacional unificado: o documento é válido em todos os estados e no Distrito Federal.

  • QR Code de segurança: permite verificar a autenticidade e os dados em tempo real, com biometria facial.

  • Versão física e digital: pode ser emitida em formato físico (papel ou policarbonato) e também digital, acessível pelo app Gov.br.

  • Padrão internacional: inclui o código MRZ, usado em passaportes, o que facilita a identificação em países do Mercosul.

Essas mudanças tornam a CIN não apenas um documento de identidade, mas também um instrumento de integração digital, facilitando o acesso a serviços públicos e privados com maior segurança.

Carteira de Identidade. Foto: Revista dos Benefícios

Como emitir a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN)

O processo é simples, mas exige atenção aos detalhes. Cada estado possui um órgão responsável pela emissão — como o Poupatempo (em São Paulo), o SAC (na Bahia) ou as Polícias Civis (em outros estados).

1. Faça o agendamento

O primeiro passo é agendar o atendimento no site ou aplicativo do órgão emissor do seu estado. O atendimento presencial é obrigatório para coleta de biometria e conferência de documentos.

2. Separe os documentos exigidos

Para solicitar a CIN, o cidadão deve apresentar:

  • CPF regularizado: os dados precisam estar corretos na Receita Federal.

  • Certidão de nascimento ou casamento: original ou cópia autenticada.

  • Comprovante de residência recente.

  • Outros documentos opcionais: CNH, título de eleitor ou carteira de trabalho, caso queira integrá-los à CIN.

Importante: menores de 16 anos precisam estar acompanhados de um responsável legal durante o atendimento.

3. Compareça ao local no dia e hora marcados

Durante o atendimento, são coletadas biometria facial e digital, e o cidadão escolhe se deseja a versão em papel ou policarbonato.

4. Retire a CIN e acesse a versão digital

Após a emissão física, a versão digital da CIN pode ser acessada gratuitamente pelo aplicativo Gov.br, com o mesmo valor jurídico do documento impresso.

Quanto custa para emitir a CIN

  • 1ª via: totalmente gratuita em todos os estados.

  • 2ª via: pode ter custo variável, de acordo com o estado. Em São Paulo, por exemplo, a taxa de segunda via é cobrada.

Por isso, é importante verificar as informações no site do órgão emissor do seu estado antes de solicitar o documento.

Validade da nova Carteira de Identidade Nacional

A validade do documento varia conforme a idade do titular no momento da emissão:

  • 0 a 11 anos: 5 anos

  • 12 a 60 anos: 10 anos

  • A partir de 61 anos: validade indeterminada

Embora o antigo RG continue aceito até 2032, o governo recomenda a atualização antecipada, especialmente se o documento estiver danificado ou com informações desatualizadas.

Principais vantagens da nova CIN

A nova Carteira de Identidade Nacional traz benefícios que vão além da segurança e praticidade:

  1. Mais segurança contra fraudes – O QR Code e a integração biométrica dificultam falsificações.

  2. Identificação unificada – O mesmo número do CPF é válido em todo o país, eliminando duplicidades.

  3. Facilidade no acesso a serviços – Órgãos públicos e privados poderão verificar dados em tempo real.

  4. Integração digital – A versão digital no aplicativo Gov.br tem validade legal e pode substituir o documento físico em diversas situações.

  5. Redução da burocracia – O cidadão não precisará apresentar vários documentos, pois a CIN pode concentrar informações complementares.

Desvantagens e desafios da transição

Apesar dos avanços, o processo de substituição traz desafios:

  • Filas e prazos de agendamento: a alta demanda em algumas regiões pode causar espera.

  • Custo de segunda via: a cobrança varia por estado e pode desestimular a atualização em caso de perda.

  • Período de adaptação: sistemas públicos e privados ainda estão se adequando para aceitar exclusivamente a CIN.

Mesmo assim, a expectativa do governo é que, até 2032, todos os brasileiros tenham migrado para o novo modelo, garantindo um cadastro nacional unificado.

CIN já disponível em todos os estados

Desde agosto de 2025, a nova Carteira de Identidade Nacional já pode ser emitida em todos os 26 estados e no Distrito Federal. O processo de expansão começou em 2022 e foi sendo adotado gradualmente.

Segundo dados do Governo Federal, mais de 30 milhões de brasileiros já emitiram a CIN até julho de 2025.

Estados com maior número proporcional de emissões:

  • Piauí – 38,4% da população

  • Acre – 28,08%

  • Alagoas – 24,68%

  • Mato Grosso – 24,46%

  • Sergipe – 23,41%

  • Rio Grande do Sul – 22,5%

  • Santa Catarina – 22,1%

  • Distrito Federal – 20,61%

Esses números mostram que os estados menores foram os primeiros a concluir a implantação, enquanto os mais populosos ainda estão em fase de expansão.

Além disso, levantamentos de abril de 2025 mostram que 34% das emissões foram feitas para pessoas com até 19 anos, indicando que os jovens estão entre os mais engajados na troca.

Saulo Moreira

Saulo Moreira

Saulo Moreira dos Santos é um profissional comprometido com a comunicação e a disseminação de informações relevantes. Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Com mais de 15 anos de experiência como redator web, Saulo se especializou na produção de artigos e notícias sobre temas de grande interesse social, incluindo concursos públicos, benefícios sociais, direitos trabalhistas e futebol.