Poucos sabem disso, mas essas 2 dicas caseiras vão economizar energia e reduzir sua conta de luz todo mês
Pode parecer exagero, mas pequenas ações dentro de casa podem reduzir consideravelmente o valor da conta de luz. Não é preciso investir em painéis solares ou trocar todos os eletrodomésticos: duas atitudes caseiras já fazem uma enorme diferença no fim do mês — desligar os aparelhos da tomada e usar melhor o chuveiro elétrico.
Ambas são medidas simples, práticas e que não exigem nenhum investimento. E o melhor: o resultado aparece logo na fatura seguinte.
1. O consumo “fantasma”: o ladrão de energia escondido nas tomadas
Você já reparou naquela luzinha vermelha da TV, mesmo quando ela está desligada? Pois é. Isso não é só uma decoração: ela indica que o aparelho está em modo “stand-by”, um dos grandes vilões da conta de luz. Esse consumo invisível é chamado de consumo fantasma.
Como o consumo fantasma acontece
Quando você desliga um eletrônico, na verdade, ele nem sempre está completamente desligado. Ele entra em um estado de espera, pronto para ligar rapidamente quando você apertar o botão do controle. Durante esse tempo, ele continua consumindo energia — mesmo sem estar em uso.
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Televisores, micro-ondas e videogames são campeões nesse tipo de gasto.
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Computadores e decodificadores de TV a cabo também ficam “acordados” o tempo todo.
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Até carregadores de celular, mesmo sem o celular conectado, consomem energia se estiverem na tomada.
O impacto na sua conta de luz
Parece pouco, mas a soma de todos esses aparelhos faz diferença. Estudos mostram que o consumo em modo stand-by pode representar de 10% a 20% da conta mensal de energia elétrica.
Para quem paga R$ 250 de luz, isso pode significar R$ 25 a R$ 50 jogados fora todos os meses — só porque os aparelhos ficaram na tomada.
E o pior: ninguém percebe, porque o consumo é contínuo e silencioso. É como se houvesse um pequeno vazamento de energia 24 horas por dia.
Como evitar o consumo fantasma
A boa notícia é que eliminar esse gasto é muito simples. Basta criar o hábito de desligar completamente os aparelhos da tomada.
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Use filtros de linha com interruptor: eles permitem desligar vários aparelhos de uma só vez.
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Desconecte tudo antes de dormir: a economia pode surpreender.
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Evite deixar carregadores na tomada: retire-os logo após o uso.
Além de reduzir o consumo, essa prática também aumenta a vida útil dos equipamentos, já que eles não ficam expostos a picos de energia.
2. O chuveiro elétrico: o vilão mais caro da casa
Se o consumo fantasma é o ladrão invisível, o chuveiro elétrico é o ladrão descarado. Ele é, de longe, o aparelho que mais pesa na conta de luz.
Por que o chuveiro consome tanto
O chuveiro precisa esquentar a água rapidamente, o que exige uma quantidade enorme de energia elétrica.
Em média, um chuveiro tem potência entre 3.500 e 7.500 watts. Para comparação, uma geladeira consome cerca de 200 watts.
Ou seja, um único banho de 10 minutos pode gastar mais energia que a geladeira ligada o dia todo.
A importância da temperatura
Aquela chavinha que muda o chuveiro de “verão” para “inverno” não altera apenas a temperatura — ela muda o consumo de energia.
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Posição “inverno”: aquece mais a água, mas aumenta em até 30% o consumo.
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Posição “verão”: usa menos potência, ideal para dias quentes.
Em chuveiros eletrônicos (com controle gradual de temperatura), dá para ajustar com precisão, evitando desperdício.
Tempo de banho: o fator decisivo
Diminuir o tempo no banho é uma das medidas mais eficazes para economizar energia.
Um banho de 15 minutos pode consumir cerca de 4,5 kWh. Reduzindo para 10 minutos, o gasto cai para 3 kWh — o que representa economia imediata de 30%.
Pode parecer pouco, mas multiplicando isso pelos banhos diários da família durante o mês, o impacto é enorme.
Outras formas de economizar com o chuveiro
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Evite banhos nos horários de pico (18h às 22h): nesse período, o sistema elétrico está mais sobrecarregado e, em algumas regiões, a tarifa pode ser mais cara.
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Mantenha o chuveiro limpo: resistências queimadas ou sujeiras internas reduzem a eficiência e aumentam o consumo.
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Prefira chuveiros com selo Procel A: são mais eficientes e consomem menos energia.
Com pequenas mudanças de hábito, o chuveiro deixa de ser um vilão e passa a ser apenas mais um aliado no conforto diário.
Por que a energia está tão cara em 2025
A economia de energia nunca foi tão importante. Em outubro de 2025, a bandeira tarifária vermelha – patamar 1 está em vigor, o que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, segundo a ANEEL.
O que é a bandeira tarifária
O sistema de bandeiras foi criado para sinalizar ao consumidor o custo real da geração de energia.
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Bandeira verde: não há acréscimo na tarifa.
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Bandeira amarela: indica aumento moderado no custo da energia.
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Bandeira vermelha (patamar 1 e 2): sinaliza uso de usinas termelétricas, que têm custo mais alto.
Em 2025, o país enfrenta um cenário de estiagem prolongada, o que obriga o acionamento de termelétricas — elevando os custos e impactando diretamente as contas residenciais.
Diferença entre as regiões
O preço do kWh varia muito de estado para estado.
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No Rio de Janeiro, o valor médio em 2025 ultrapassa R$ 1,40 por kWh, a mais alta do país.
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Em São Paulo, o custo médio fica entre R$ 0,62 e R$ 0,70.
Essa variação ocorre devido a impostos, encargos e diferenças entre as distribuidoras.
Tendência para o restante de 2025
A previsão da ANEEL é de alta média de 6,3% nas tarifas até o fim do ano.
Por isso, cada ação para reduzir o consumo é essencial — especialmente em um momento em que as famílias sentem o peso das contas no bolso.
O poder das pequenas atitudes
Você não precisa se tornar um “eco-herói” nem viver à luz de velas para economizar energia.
A verdadeira economia está nas pequenas atitudes diárias, como:
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Tirar aparelhos da tomada antes de sair de casa;
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Diminuir alguns minutos no banho;
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Aproveitar a luz natural durante o dia;
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Usar lâmpadas LED, que consomem até 80% menos energia;
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Evitar abrir e fechar a geladeira com frequência;
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Programar a máquina de lavar para horários de menor consumo.
Cada uma dessas ações parece simples, mas juntas formam uma corrente poderosa de economia.
Se milhões de lares brasileiros adotassem essas práticas, o país inteiro economizaria bilhões de reais em energia elétrica e evitaria toneladas de emissões de carbono.
O impacto real no bolso
Vamos fazer uma conta rápida:
Imagine uma casa que consome 250 kWh por mês.
Com a bandeira vermelha patamar 1 (R$ 4,46 por 100 kWh), o adicional é de R$ 11,15.
Agora, se essa casa reduzir o consumo em 10% apenas desligando aparelhos da tomada e otimizando o banho, já pouparia R$ 25 a R$ 30 mensais.
Em um ano, isso representa mais de R$ 300, sem contar os acréscimos de bandeiras tarifárias e impostos.
Ou seja: economizar energia é o mesmo que ganhar dinheiro — e sem esforço.
Por que essa economia é tão importante agora
Além de aliviar o bolso, reduzir o consumo de energia ajuda o país a evitar o uso de fontes mais caras e poluentes, como as termelétricas.
Quanto menor a demanda, menor a necessidade de acionar essas usinas, o que também reduz o risco de novas bandeiras tarifárias.
Economizar energia, portanto, não é só uma questão financeira, mas também ambiental e social.
Cada quilowatt economizado representa menos impacto ambiental e mais estabilidade no sistema elétrico.
Resumo prático para aplicar hoje mesmo
1. Desligue da tomada tudo o que não estiver em uso.
Crie o hábito de desconectar os aparelhos, principalmente à noite. Use extensões com interruptor para facilitar.
2. Tome banhos mais curtos e ajuste a temperatura.
Reduzir o tempo de banho e usar a posição “verão” quando possível faz diferença enorme na fatura.
3. Observe a bandeira tarifária do mês.
Ela está sempre disponível no site da ANEEL e indica o custo adicional que você pode evitar reduzindo o consumo.
4. Prefira equipamentos eficientes.
Busque produtos com selo Procel A — eles são desenhados para gastar menos energia.
5. Aproveite horários fora de pico.
Use máquinas de lavar e ferro elétrico antes das 18h ou após as 22h.
Essas são pequenas mudanças que, além de fáceis de aplicar, geram um efeito cumulativo poderoso.