Economia

3 regras que todos com conta poupança no Banco do Brasil precisam saber antes de deixar o dinheiro parado

3 regras que todos com conta poupança no Banco do Brasil devem saber

Ter uma conta poupança no Banco do Brasil é quase uma tradição entre os brasileiros. Desde o primeiro cofrinho na infância até a conta de reserva da vida adulta, muita gente confia nesse tipo de aplicação. Mas o que nem todos sabem é que existem regras específicas que podem afetar diretamente quanto o seu dinheiro rende — e, acredite, muitos deixam de ganhar sem perceber.

A seguir, você vai conhecer de forma simples, leve e direta as 3 regras fundamentais da poupança do Banco do Brasil que todo correntista precisa entender para não ver seus rendimentos desaparecerem.

Prepare o café e vamos direto ao ponto.

1. O rendimento da poupança depende da taxa Selic — e não é fixo

A primeira regra é a que mais confunde o brasileiro: a poupança não tem um rendimento fixo. Ou seja, ela muda conforme o comportamento da taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia definida pelo Banco Central.

Mas como isso afeta o seu dinheiro?

Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês + a Taxa Referencial (TR).
Mas, quando a Selic cai para 8,5% ou menos, o rendimento muda completamente: passa a ser 70% da Selic + TR.

Em outras palavras, quanto menor a Selic, menor o seu rendimento.

Imagine que a Selic esteja em 10,75% (como ocorre atualmente):

  • Nesse caso, a poupança rende 0,5% ao mês + TR.
    Agora, se a Selic despencar para 7%, o rendimento cairia para algo próximo de 0,40% ao mês — um baque e tanto para quem deixa o dinheiro parado.

E a TR, afinal, o que é isso?

A Taxa Referencial (TR) é um índice calculado diariamente pelo Banco Central, e costuma ficar muito próxima de zerohá vários anos. Ou seja, ela quase não faz diferença no rendimento final.

Por isso, na prática, a Selic é quem realmente manda na sua poupança.

2. O aniversário da aplicação é o que decide o dia do seu rendimento

Essa é a regra que mais pega de surpresa até quem acha que entende tudo de finanças.
A poupança só rende no “aniversário” do depósito, isto é, no mesmo dia do mês seguinte em que o dinheiro entrou na conta.

Exemplo prático:

Se você depositar R$ 1.000,00 na sua poupança do Banco do Brasil no dia 10 de outubro, o rendimento só será creditado no dia 10 de novembro.

Agora, se você retirar o dinheiro antes dessa data, perde todo o rendimento do período.

É isso mesmo: mesmo que o dinheiro tenha ficado 29 dias aplicado, o rendimento é zero se sacar antes do aniversário.

Por isso, o ideal é organizar as retiradas e depósitos de olho no calendário.

Quem tem o hábito de fazer movimentações frequentes — colocar e tirar dinheiro — pode estar deixando boa parte dos ganhos na mesa sem perceber.

Uma dica simples para driblar isso:

  • Mantenha sempre o mesmo dia para depósitos, de preferência logo no início do mês.

  • Evite saques antes do “aniversário”.

  • Se precisar movimentar com frequência, talvez valha mais a pena usar outra aplicação com liquidez diária, como o Tesouro Selic ou CDB com rendimento diário.

O Banco do Brasil inclusive oferece essas opções dentro do próprio aplicativo — e muitos clientes não percebem que podem ganhar mais sem abrir conta em outro banco.

3. Poupança antiga e nova não rendem igual

Essa é uma curiosidade que pouca gente sabe, mas faz muita diferença: existem duas versões de poupança no Brasil — a “antiga”, criada antes de maio de 2012, e a “nova”, válida para depósitos feitos depois dessa data.

Qual é a diferença?

A poupança antiga sempre rende 0,5% ao mês + TR, independentemente da Selic.

Já a poupança nova segue a regra da Selic (70% da taxa quando ela está abaixo de 8,5%).

Ou seja, quem tem saldo anterior a 2012 ainda está no modelo antigo, o que pode ser vantajoso em momentos de juros baixos.

Mas atenção: assim que o dinheiro antigo é sacado, o novo depósito entra nas regras atuais.

Então, se você ainda tem uma poupança antiga, vale a pena não mexer nesse valor — ele está rendendo um pouco mais em boa parte dos cenários.

Como saber qual é o seu tipo de poupança

No aplicativo do Banco do Brasil, é possível consultar o extrato detalhado da poupança e ver a data do primeiro depósito. Se for anterior a 3 de maio de 2012, seu saldo faz parte da poupança antiga.

Em caso de dúvida, também é possível confirmar com o gerente da agência.

Entendendo por que o rendimento da poupança parece “parado”

Muitos clientes reclamam que o dinheiro na poupança “não cresce”, mesmo após meses ou até anos. E, de fato, há uma explicação: a poupança raramente vence da inflação.

Nos últimos anos, o IPCA (índice oficial de inflação) ficou, em média, entre 4% e 6% ao ano, enquanto a poupança rendeu cerca de 6% a 7%.

Na prática, isso significa que o dinheiro mal acompanha o aumento dos preços — e, às vezes, até perde poder de compra.

É por isso que muitos especialistas dizem que a poupança serve mais para guardar, não para investir.

Ela tem baixo risco, liquidez imediata e isenção de IR, mas rendimento limitado.

Por que tanta gente ainda usa a poupança do Banco do Brasil

Mesmo com esses “poréns”, o Banco do Brasil continua com milhões de clientes ativos na poupança. E há boas razões para isso:

  1. Facilidade de uso: o app é simples, e transferir da conta corrente para a poupança é questão de segundos.

  2. Segurança: o dinheiro é garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil por CPF e instituição.

  3. Acesso rápido: o saldo pode ser usado como reserva de emergência, sem precisar vender títulos ou resgatar investimentos.

Em resumo, a poupança é prática e segura, mas não é a mais rentável.

Ela cumpre bem o papel de “porta de entrada” para quem está começando a guardar dinheiro — o que explica por que o Banco do Brasil ainda vê movimentação intensa nessa modalidade.

Como melhorar os ganhos sem sair do Banco do Brasil

O Banco do Brasil tem modernizado sua plataforma para que o cliente não precise migrar para outras instituições se quiser investir melhor.

Pelo próprio app, é possível aplicar em CDBs, fundos, LCA/LCA e Tesouro Direto, todos com rendimento superior à poupança e, em muitos casos, liquidez diária.

Veja um exemplo prático:

  • R$ 1.000 aplicados na poupança por 12 meses rendem cerca de R$ 64.

  • No mesmo período, um CDB de 100% do CDI (que também é seguro e garantido pelo FGC) renderia quase R$ 110.

Essa diferença pode dobrar ou triplicar com o tempo, especialmente em aplicações maiores.

E o melhor: todos esses produtos estão disponíveis dentro do app do BB, sem burocracia ou necessidade de abrir outra conta.

Erros comuns de quem usa a poupança do Banco do Brasil

Além das três regras principais, vale listar os erros mais frequentes que reduzem o rendimento da poupança:

  • Sacar antes do aniversário: como já vimos, isso zera o ganho daquele mês.

  • Manter valores muito altos: o ideal é não ultrapassar R$ 250 mil, já que o FGC só cobre até esse limite.

  • Usar como investimento de longo prazo: a poupança não acompanha a inflação no longo prazo, e o dinheiro acaba “encolhendo”.

  • Ignorar outras opções dentro do próprio banco: o BB oferece opções simples e rentáveis, mas muita gente nem olha o menu de investimentos.

Esses deslizes são comuns, mas fáceis de evitar — basta entender como as regras funcionam e usar a poupança da maneira certa: como uma ferramenta de segurança, e não como a principal fonte de rendimento.

Resumo rápido das 3 regras da poupança do Banco do Brasil

Regra Descrição Impacto
1️⃣ Rendimento depende da Selic 0,5% + TR quando Selic > 8,5%; 70% da Selic + TR quando ≤ 8,5% Afeta diretamente o ganho mensal
2️⃣ Aniversário da aplicação Só rende no mesmo dia do mês seguinte ao depósito Sacar antes zera o rendimento
3️⃣ Poupança antiga x nova Antes de 2012: 0,5% + TR fixos; depois: segue a Selic Antiga costuma render mais

Saulo Moreira

Saulo Moreira dos Santos, 29 anos, é um profissional comprometido com a comunicação e a disseminação de informações relevantes. Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Salvador, descobriu sua verdadeira vocação na escrita e na criação de conteúdo digital. Com mais de 15 anos de experiência como redator web, Saulo se especializou na produção de artigos e notícias sobre temas de grande interesse social, incluindo concursos públicos, benefícios sociais, direitos trabalhistas e futebol. Sua busca por precisão e relevância fez dele uma referência nesses segmentos, ajudando milhares de leitores a se manterem informados e atualizados.… Mais »
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