Economia

A tecnologia que consome 5 vezes menos energia que o ar-condicionado e é muito mais barata

A revolução do frescor: como uma tecnologia simples promete derrubar o reinado do ar-condicionado

Imagine enfrentar o calor de 40 °C sem ver sua conta de luz virar um pesadelo. Parece milagre? Pois é justamente essa a proposta dos climatizadores evaporativos, uma tecnologia que vem chamando atenção por consumir até 5 vezes menos energia que o ar-condicionado — e ainda custar bem menos.

A startup francesa Caeli Energie ganhou os holofotes ao anunciar um modelo ainda mais eficiente, que une inovação e sustentabilidade. A promessa? Um aparelho capaz de resfriar o ambiente sem usar gases poluentes, compressores barulhentos ou consumo exagerado de energia.

Como funciona essa mágica? Spoiler: é pura física

O climatizador evaporativo é um gênio disfarçado de aparelho simples. Ele não cria frio artificial, como o ar-condicionado faz, mas usa a própria natureza a seu favor. O princípio é o da evaporação da água: quando o ar quente passa por uma superfície úmida, parte da água evapora e rouba calor do ambiente, deixando o ar mais fresco e agradável.

Em termos práticos, o processo funciona assim:

  1. O aparelho possui um reservatório de água;

  2. Uma bomba leva essa água até um filtro poroso (geralmente de celulose);

  3. Um ventilador potente puxa o ar quente do ambiente e o faz atravessar o filtro molhado;

  4. A evaporação resfria o ar, que volta ao ambiente mais fresco e umidificado.

O resultado é uma brisa leve e agradável, ideal para quem busca conforto térmico sem a sensação de “frio artificial”.

A startup francesa que levou o conceito a outro nível

A Caeli Energie, fundada por engenheiros focados em eficiência energética, criou um sistema que aperfeiçoa o resfriamento evaporativo. O segredo está em um intercâmbio de calor patenteado, que melhora o desempenho mesmo em locais de clima mais úmido — algo que antes era o ponto fraco dos climatizadores.

Segundo a empresa, o consumo de energia pode ser até 80% menor do que o de um ar-condicionado comum. Isso significa que, se você gasta R$ 200 por mês para se refrescar, poderia gastar cerca de R$ 40 com o novo sistema.

Por que o climatizador consome tão pouca energia?

A resposta é simples: não há compressor.

O ar-condicionado precisa de um compressor para circular o gás refrigerante, e esse componente é o grande vilão do consumo elétrico. Já o climatizador usa apenas um ventilador e uma bomba d’água, que gastam muito menos.

Para comparar:

  • Um ar-condicionado split de 1.200 W consome cerca de 1,2 kWh por hora;

  • Um climatizador evaporativo gasta entre 100 e 200 W — ou seja, até 5 vezes menos energia.

Isso faz uma enorme diferença no bolso. Em tempos de tarifas elétricas cada vez mais caras, esse tipo de economia é música para os ouvidos (e alívio para o bolso).

Benefícios que vão além do frescor

O climatizador não é apenas econômico. Ele melhora a qualidade do ar — algo que o ar-condicionado, na maioria das vezes, não faz.

Enquanto o ar-condicionado retira a umidade, o climatizador umidifica o ambiente, o que ajuda a:

  • Reduzir irritações respiratórias;

  • Evitar ressecamento da pele e dos olhos;

  • Diminuir crises alérgicas e sinusites.

Além disso, não utiliza gases que agridem a camada de ozônio, tornando-se uma opção ecológica para quem se preocupa com o meio ambiente.

Mas nem tudo é perfeito: conheça as limitações

Antes de aposentar o seu ar-condicionado, é importante entender o outro lado da moeda.

Os climatizadores não conseguem gelar o ar na mesma intensidade. Eles criam uma sensação de frescor mais suave — algo entre o vento de um ventilador e o frio de um split.

Outra limitação está no clima da região.

Em locais muito úmidos, o ar já está saturado de vapor de água, o que reduz o poder de evaporação. Ou seja, o aparelho pode deixar o ambiente mais abafado.

Por isso, os climatizadores são mais eficazes em regiões secas, como o interior do Brasil, o Centro-Oeste e parte do Nordeste.

Um refresco que cabe no bolso

Um dos maiores atrativos está no preço.

Enquanto um bom ar-condicionado split pode custar de R$ 2.500 a R$ 5.000, um climatizador doméstico parte de R$ 350.

Veja alguns exemplos de preços em 2025:

  • Climatizador de Ar Britânia Frio BCL05FI – cerca de R$ 360;

  • Elgin Smart 3 em 1 (3,5 L) – em torno de R$ 355;

  • Mondial Flash Air (3,2 L) – próximo de R$ 400.

Os modelos maiores, voltados a ambientes industriais ou comerciais, podem ultrapassar os R$ 2 mil, mas ainda assim ficam bem abaixo dos sistemas de ar-condicionado tradicionais.

Dicas para turbinar o efeito do climatizador

Quem compra um climatizador logo aprende alguns truques para melhorar o desempenho. Um dos mais populares é colocar gelo ou água gelada no reservatório.

Isso ajuda a baixar a temperatura do ar que sai do aparelho, criando uma sensação mais intensa de frescor.

Outras dicas incluem:

  • Usar em locais ventilados: o ar precisa circular para que o processo de evaporação seja eficiente;

  • Limpar o filtro com frequência: evita o acúmulo de poeira e fungos;

  • Manter o reservatório abastecido: o aparelho depende da água para funcionar corretamente;

  • Evitar o uso em dias muito úmidos: nessas condições, o efeito pode ser o oposto — aumento da sensação de calor.

Ideal para quem busca conforto sustentável

Os climatizadores evaporativos estão ganhando espaço não apenas nas casas, mas também em escritórios, comércios e academias. Isso porque unem baixo custo, eficiência e conforto.

Além disso, muitas pessoas preferem o ar mais “natural” do climatizador, sem aquele frio exagerado do ar-condicionado que causa choques térmicos ao sair para a rua.

Empresas que adotaram a tecnologia relatam redução nas contas de energia e maior conforto térmico para funcionários. Em locais amplos ou semiabertos, como galpões e áreas de produção, o climatizador é quase imbatível.

A tecnologia do futuro é, na verdade, uma ideia antiga — e genial

O mais curioso é que essa tecnologia não é exatamente nova. Povos do Egito antigo já usavam o mesmo princípio há milhares de anos, pendurando panos úmidos nas janelas para refrescar o ar que entrava nas casas.

O que mudou foi a engenharia moderna, que transformou esse método rudimentar em uma solução portátil, silenciosa e muito mais eficiente.

Hoje, o climatizador evaporativo representa uma alternativa inteligente em um mundo que busca equilíbrio entre conforto e sustentabilidade.

Quando escolher o climatizador e quando ficar com o ar-condicionado

Se o seu objetivo é reduzir custos e você vive em uma região seca, o climatizador é uma excelente escolha.

Ele proporciona alívio térmico, melhora a qualidade do ar e gasta muito menos energia.

Mas se você mora em áreas úmidas ou litorâneas, onde o calor vem acompanhado de alta umidade, o ar-condicionado ainda é o mais eficaz para baixar a temperatura rapidamente.

A boa notícia é que, com o avanço das tecnologias como a da Caeli Energie, os climatizadores estão ficando cada vez mais versáteis e adaptáveis a diferentes climas.

O futuro do conforto térmico é sustentável

Com a preocupação crescente com o meio ambiente e o custo da energia, o climatizador evaporativo está ganhando destaque no mundo todo.

Empresas de tecnologia e startups apostam em novos designs, sensores inteligentes e integração com energia solar, tornando o aparelho a estrela da climatização doméstica de baixo impacto.

E se depender das previsões de consumo e das altas temperaturas globais, esse tipo de tecnologia deve dominar o mercado nos próximos anos — refrescando não apenas os lares, mas também a consciência ambiental de quem usa.

Saulo Moreira

Saulo Moreira dos Santos, 29 anos, é um profissional comprometido com a comunicação e a disseminação de informações relevantes. Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Salvador, descobriu sua verdadeira vocação na escrita e na criação de conteúdo digital. Com mais de 15 anos de experiência como redator web, Saulo se especializou na produção de artigos e notícias sobre temas de grande interesse social, incluindo concursos públicos, benefícios sociais, direitos trabalhistas e futebol. Sua busca por precisão e relevância fez dele uma referência nesses segmentos, ajudando milhares de leitores a se manterem informados e atualizados.… Mais »
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