Ilha secreta com água doce e sombra em São Paulo custa só R$ 25 para visitar — e parece uma praia escondida no meio da cidade
Um paraíso escondido na cidade: conheça a Ilha dos Amores
Sim, existe uma ilha com água doce, sombra e clima de praia no meio de São Paulo. O nome dela? Ilha dos Amores. O local fica em plena Represa Guarapiranga, na Zona Sul da capital paulista, e atrai cada vez mais curiosos que querem fugir do caos da cidade sem gastar muito.
O melhor de tudo? O passeio custa cerca de R$ 25, valor cobrado pela travessia de barco. Parece mentira, mas é real.
Por que chamam de “ilha secreta”?
Apesar de o nome sugerir um mistério, a Ilha dos Amores não é exatamente secreta. O termo virou moda nas redes sociais porque muita gente ainda nem imagina que São Paulo tem uma ilha de verdade — e com um cenário que lembra litoral.
Na prática, o “segredo” está na descoberta. Quem mora na cidade grande tende a pensar que o máximo de natureza disponível está nos parques, mas a Ilha dos Amores quebra esse mito: ela oferece um pedacinho de refúgio com vegetação, sombra e vista para o espelho d’água.
Como chegar à Ilha dos Amores
O caminho é mais simples do que parece. Para chegar lá, basta ir até o Parque Praia do Sol, também na Zona Sul. No local, barqueiros fazem a travessia até a ilha, que leva poucos minutos.
-
Local de partida: Parque Praia do Sol (próximo ao bairro Interlagos)
-
Transporte: barcos conduzidos por barqueiros locais
-
Preço médio: R$ 25 (ida e volta)
-
Tempo de viagem: cerca de 10 minutos
-
Forma de pagamento: direto com o barqueiro (dinheiro ou Pix, dependendo do operador)
Os barcos geralmente funcionam aos fins de semana e feriados, quando há maior movimento.
O que você vai encontrar por lá
A ilha é pequena, mas cheia de surpresas. Não espere uma estrutura de praia completa, com quiosques e banheiros — o clima é rústico, natural e simples. Isso é parte do charme do lugar.
Logo ao chegar, o visitante se depara com árvores grandes, ideais para estender a canga, abrir uma cadeira e curtir o som dos pássaros e das águas. Há espaço para quem quer relaxar e também para quem prefere mergulhar (com cautela).
Apesar de a água ser doce e convidativa, a Represa Guarapiranga já teve problemas de poluição, então é importante verificar as condições antes de entrar.
Água doce, mas nem sempre própria para banho
A represa é uma das principais fontes de abastecimento da cidade, mas também enfrenta desafios. Em alguns trechos, há presença de resíduos, parasitas e bactérias resistentes a antibióticos, segundo estudos recentes.
Por isso, mesmo que algumas áreas estejam liberadas para banho, nem toda a Guarapiranga é segura para mergulhar. A Ilha dos Amores, em especial, pode ter variação na qualidade da água.
O ideal é evitar mergulhos longos, especialmente após períodos de chuva, quando o escoamento urbano leva resíduos à represa. Ainda assim, dá para aproveitar a paisagem, fazer piqueniques e curtir o clima de praia com segurança.
O refúgio verde que oferece sombra e descanso
Um dos maiores atrativos da Ilha dos Amores é o verde intenso da vegetação. O local é tomado por árvores que garantem sombra mesmo nos dias mais quentes.
Essa característica faz da ilha um ótimo ponto para quem quer fugir do calor sem enfrentar o trânsito rumo ao litoral. É comum ver famílias, casais e até grupos de amigos que levam caixas térmicas, toalhas e até churrasqueiras portáteis (embora não seja o ideal para o meio ambiente).
O cenário mistura mata nativa, areia fina e água doce, criando uma paisagem que engana facilmente quem não sabe que está a poucos quilômetros do centro de São Paulo.
Falta de estrutura: charme ou problema?
Depende do ponto de vista. Quem busca sossego e contato direto com a natureza, provavelmente vai adorar o ar “selvagem” do lugar. Mas para quem gosta de conforto, vale se preparar: a Ilha dos Amores não tem banheiros, quiosques, lanchonetes ou restaurantes.
Os visitantes precisam levar tudo o que vão usar — água, lanches e sacolas para o lixo. A recomendação é simples: leve tudo o que trouxe de volta com você.
Alguns barqueiros até vendem bebidas e petiscos, mas nada muito elaborado. A ideia é viver uma experiência mais simples, quase como um “acampamento de um dia”.
O lixo é um problema sério
Um dos maiores desafios da Ilha dos Amores é o acúmulo de lixo deixado pelos visitantes. Apesar da beleza natural, o cenário pode ser prejudicado por garrafas, plásticos e restos de comida deixados por pessoas sem consciência ambiental.
Por isso, quem visita o local deve agir com responsabilidade:
-
Leve seu lixo de volta ao continente;
-
Evite usar materiais descartáveis;
-
Use sacolas reutilizáveis e evite plásticos.
Cuidar da ilha é essencial para que ela continue sendo esse refúgio natural que tantos procuram.
Segurança: o que saber antes de ir
A região da Represa Guarapiranga tem áreas tranquilas, mas também há relatos de furtos e abordagens em alguns pontos isolados. O ideal é ir em grupo, evitar levar objetos de valor e sempre deixar pertences sob supervisão.
Também é bom verificar se o barqueiro possui coletes salva-vidas — a maioria oferece, mas vale confirmar antes de embarcar.
Além disso, o tempo pode mudar de repente, então leve capa de chuva ou roupas adequadas para voltar em segurança caso o clima feche.
Melhor época para visitar
A Ilha dos Amores pode ser visitada o ano inteiro, mas os meses de calor são os mais procurados.
-
Melhores dias: durante a semana, quando há menos movimento.
-
Dias de sol: ideais para quem quer curtir o visual da represa e fazer fotos.
-
Fins de semana: costumam ser mais cheios, especialmente entre novembro e março.
-
Período de chuva: evite, pois a água da represa pode ficar mais turva e o acesso por barco se torna mais difícil.
Quem busca tranquilidade deve preferir ir durante a manhã e em dias úteis. Além de mais silêncio, a travessia é mais rápida e o retorno, garantido sem filas.
Pontos positivos e negativos da Ilha dos Amores
Pontos positivos:
-
Custo baixo: por R$ 25, o visitante faz um passeio de barco e passa o dia em um ambiente natural.
-
Beleza natural: sombra, árvores, areia e uma vista de tirar o fôlego.
-
Localização acessível: fica dentro da capital, sem necessidade de longas viagens.
-
Ambiente tranquilo: ideal para quem quer fugir do barulho urbano.
Pontos negativos:
-
Água nem sempre própria para banho: risco de contaminação.
-
Falta de infraestrutura: ausência de banheiros, lanchonetes e sinal de celular.
-
Acúmulo de lixo: responsabilidade dos visitantes em manter o local limpo.
-
Questões de segurança: é preciso cuidado com pertences e horários.
Dica de ouro para quem vai pela primeira vez
Leve uma garrafa d’água extra, protetor solar e chapéu, porque o sol reflete forte na represa.
Prefira levar lanches leves, como frutas e sanduíches, e sempre tenha um saco de lixo à mão.
Se quiser curtir ao máximo, chegue cedo, antes das 10h, para aproveitar o dia todo e evitar filas no barco de retorno.
E lembre-se: a ilha pode até parecer um “segredo de verão”, mas cuidar dela é dever de quem descobre esse tesouro.
Resumo rápido: o que saber antes de ir
Item | Informação |
---|---|
Localização | Represa Guarapiranga, Zona Sul de São Paulo |
Acesso | Barcos saem do Parque Praia do Sol |
Preço da travessia | Cerca de R$ 25 (ida e volta) |
Tempo de travessia | 10 minutos |
Infraestrutura | Rústica, sem banheiros ou quiosques |
Melhor época | Dias de sol, fora da temporada de chuvas |
Cuidados | Levar lixo de volta, evitar mergulhos e objetos de valor |