Brasileiros recebem alerta importante 07/10 sobre a nota de R$200! Banco Central revela aumento impressionante nas falsificações e mudança de foco dos criminosos em 2025
Falsificadores parecem ter mudado de alvo. A clássica nota de R$50 — aquela com a onça-pintada — perdeu o posto de queridinha do crime.
A saber, em tempos de Pix, onde o dinheiro físico quase virou peça de museu, quem ainda falsifica passou a mirar mais alto. Agora, os olhos estão voltados para a garoupa (R$100) e, principalmente, o lobo-guará (R$200).
Sim, a nota mais nova do real se tornou a mais falsificada do país — e o Banco Central confirmou o alerta: 33% de todo o dinheiro falso apreendido em 2025 corresponde à cédula de R$200.
A nova estrela das falsificações da nota de R$200
Desde o seu lançamento em 2020, a nota de R$200 sempre gerou curiosidade — tanto pelo valor alto quanto pelo seu visual discreto. Mas o que começou como uma tentativa do governo de facilitar transações em dinheiro acabou virando uma grande oportunidade para criminosos.
Os dados mais recentes do Banco Central mostram que o percentual de falsificações dessa cédula mais que dobrou nos últimos cinco anos, saltando de 15% em 2021 para 33% em 2025. Isso significa que, de cada três notas falsas recolhidas no país, uma é de R$200.
Enquanto isso, as notas de R$100 continuam aparecendo em segundo lugar no ranking do crime, com 47% das ocorrências. Já as cédulas intermediárias — como as de R$50 e R$20 — praticamente sumiram das estatísticas.
Em 2018, por exemplo, mais da metade das notas falsificadas eram de R$20 e R$50. Agora, essas duas juntas representam menos de 15% dos casos. A mudança é drástica, e o motivo está em como o brasileiro usa (ou deixou de usar) dinheiro.
Pix e pandemia: o divisor de águas
O ano de 2020 foi um marco em vários sentidos. Além da pandemia, que acelerou o uso de pagamentos digitais, foi também o ano de estreia da nota de R$200. O resultado foi uma transformação completa na relação do brasileiro com o dinheiro físico.
Com o avanço do Pix, transferências instantâneas e carteiras digitais, o uso de cédulas caiu vertiginosamente. E isso alterou até o comportamento dos falsificadores.
Antes, os golpistas preferiam falsificar notas de valor médio, justamente porque passavam despercebidas. Afinal, quem confere com tanta atenção uma nota de R$20 ou R$50 no comércio?
Mas com a diminuição do uso de dinheiro vivo e o surgimento das notas de R$200, a lógica mudou. Agora, o foco é obter o máximo de lucro com o mínimo de risco. Para o criminoso, é mais vantajoso tentar circular uma nota de R$200 do que dez notas de R$20 falsas.
O problema é o varejo — e a confiança
No comércio, a situação é curiosa. Quando alguém paga uma compra de pequeno valor com uma nota de R$200, o caixa tende a desconfiar.
A reação é natural: muitos comerciantes ainda não estão familiarizados com a aparência da cédula, mesmo cinco anos após seu lançamento.
Isso cria uma brecha perigosa. O criminoso experiente sabe onde pode “desovar” suas falsificações: locais movimentados, com grande fluxo de pessoas e pouco tempo para conferência.
Feiras livres, festas populares, shows e até pequenos comércios acabam virando alvos preferenciais.
De acordo com especialistas em segurança bancária, o golpe mais comum é o “troco rápido”. O criminoso paga com uma nota falsa, recebe troco legítimo e desaparece. Como o valor é alto, o prejuízo do comerciante é imediato e significativo.
A anatomia da nota de R$200: o que torna o lobo-guará tão visado
A nota de R$200 foi criada para atender uma demanda emergencial durante a pandemia, quando o país enfrentava uma escassez de papel-moeda devido ao aumento do saque em espécie.
Mas o tempo de produção e circulação foi curto, o que limitou o reconhecimento popular de seus elementos de segurança.
Muita gente ainda não sabe identificar se a nota é verdadeira ou falsa, e é aí que os golpistas prosperam.
Os principais elementos de segurança da nota de R$200 são:
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Marca d’água: o rosto do lobo-guará aparece quando a nota é colocada contra a luz.
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Número escondido: visível apenas quando a cédula é colocada em determinado ângulo.
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Quebra-cabeça na impressão: ao olhar a nota contra a luz, partes de números se juntam e formam o valor 200.
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Número que muda de cor: na frente da cédula, o número “200” muda de verde para azul conforme o ângulo de visão.
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Relevo perceptível: o papel tem textura diferenciada, especialmente nas inscrições “República Federativa do Brasil” e “Banco Central do Brasil”.
Essas características são difíceis de reproduzir com fidelidade, mas o avanço da impressão digital e o acesso a tintas especiais têm permitido que falsificadores criem cópias cada vez mais convincentes.
O crime segue o dinheiro — e a tecnologia
Outro fator que explica o aumento da falsificação de notas grandes é a evolução da própria tecnologia. Hoje, impressoras de alta resolução e softwares gráficos sofisticados estão mais acessíveis.
Criminosos investem nesses equipamentos porque sabem que o retorno financeiro é alto — especialmente quando conseguem inserir as cédulas falsas em circulação antes que sejam detectadas.
Um estudo interno do Banco Central mostra que a cada R$10 mil em falsificações de R$200, os criminosos conseguem fazer circular em média R$3 mil antes da apreensão.
Ou seja, mesmo com riscos, o lucro continua compensando.
Além disso, há indícios de que parte da falsificação dessas notas vem de organizações criminosas ligadas ao contrabando e ao tráfico internacional, o que eleva a qualidade das reproduções.
Brasil em alerta: o mapa da falsificação
Segundo o Banco Central, os estados com maior incidência de notas falsas de R$200 são São Paulo, Paraná, Bahia e Minas Gerais.
Nessas regiões, bancos e casas lotéricas têm relatado um aumento expressivo na devolução de cédulas suspeitas.
O problema é tão sério que o próprio BC reforçou campanhas educativas, incentivando comerciantes e cidadãos a conferir as notas usando os cinco toques de segurança (olhar, tocar, inclinar, colocar contra a luz e verificar o número escondido).
Especialistas alertam: se a nota parecer estranha, recuse e comunique imediatamente a autoridade policial ou o banco.
Usar ou tentar repassar uma nota falsa é crime, mesmo que você não tenha sido o falsificador.
Por que o brasileiro ainda cai nesse tipo de golpe?
Boa parte dos golpes com dinheiro falso ocorre por falta de informação.
Como o uso de cédulas diminuiu drasticamente com o Pix e cartões, muita gente simplesmente esqueceu como é o dinheiro real.
Quando alguém paga com uma nota nova ou pouco comum, a tendência é aceitar para evitar constrangimento.
Além disso, os criminosos exploram momentos de maior movimento — como feriados, eleições, festas regionais ou saques de benefícios sociais — para colocar o dinheiro falso em circulação.
Um exemplo recente ocorreu durante o pagamento do 13º do INSS, quando bancos registraram aumento de denúncias sobre notas falsas em agências e lotéricas.
Como se proteger e identificar uma nota falsa
Recebeu uma nota de R$200 e ficou na dúvida? Existem formas simples de conferir:
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Toque na nota: o papel tem textura áspera e impressão em relevo.
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Observe a marca d’água: o rosto do lobo-guará aparece quando a nota é colocada contra a luz.
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Incline a cédula: o número 200 muda de cor (verde para azul).
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Veja o quebra-cabeça: as partes do número se juntam para formar o valor total.
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Use a luz UV: notas verdadeiras não brilham sob luz ultravioleta; apenas alguns detalhes aparecem.
Se identificar uma falsificação, não tente repassar. Guarde a cédula, anote o local e horário de recebimento e leve à Polícia Federal ou a uma agência bancária.
O Banco Central mantém um canal oficial para denúncias e verificação de autenticidade no site bcb.gov.br, onde é possível aprender a identificar todos os elementos de segurança de cada nota em circulação.
O alerta final do Banco Central
O recado do Banco Central é claro: fique atento ao receber notas de R$200, especialmente em situações de troco, feiras e eventos.
Mesmo com o avanço dos meios digitais, o dinheiro físico ainda circula intensamente no interior do país e em regiões com menor acesso bancário.
A falsificação evolui junto com a tecnologia, e a única forma de não ser enganado é saber reconhecer uma cédula legítima.
Como diz o próprio BC, “dinheiro verdadeiro tem segurança que dá pra sentir”.