Economia

Poucos sabem disso, mas existe uma moeda de 1 centavo que pode valer mais de R$ 200 mil

Quem nunca olhou para uma simples moedinha de 1 centavo e pensou: “isso aqui não paga nem um chiclete”? Pois bem, a vida é cheia de ironias, e algumas dessas moedas desprezadas no dia a dia podem estar valendo hoje valores que fariam qualquer investidor de bolsa de valores ficar de queixo caído. Estamos falando de casos em que um centavo pode render mais de R$ 200 mil.

A grande estrela desse universo é o Lincoln Wheat Penny, também conhecido como centavo de trigo Lincoln. Uma moeda aparentemente banal, mas que, graças a erros de produção e tiragens limitadas, se transformou em um verdadeiro tesouro da numismática.

Como nasceu o famoso centavo de trigo Lincoln?

A história começa em 1909, ano em que os Estados Unidos decidiram inovar. Pela primeira vez, uma moeda americana traria o rosto de uma figura histórica. E não era qualquer figura: o escolhido foi Abraham Lincoln, o presidente que aboliu a escravidão e virou ícone nacional.

Lincoln Wheat Penny – Créditos: depositphotos.com / spineback

Do outro lado da moeda, duas espigas de trigo — simples, mas simbólicas. Esse design foi criação do artista Victor D. Brenner, e se manteve até 1958, quando foi substituído pelo Memorial Lincoln.

Além da beleza estética, esse modelo entrou para a história como marco artístico e político. Mal sabiam os responsáveis que, décadas depois, algumas dessas moedas se tornariam peças de luxo em leilões internacionais.

Por que algumas moedas de 1 centavo valem tanto?

A regra de ouro entre colecionadores é simples: quanto mais rara, mais cara. E a raridade pode vir de diversos fatores:

  • Erros de produção: falhas na cunhagem que transformam cada exemplar em algo único.

  • Tiragem reduzida: moedas feitas em pequenas quantidades.

  • Materiais inesperados: uso de metal diferente do planejado.

  • Estado de conservação: moedas sem desgaste valem infinitamente mais.

No caso do centavo de trigo Lincoln, essas variáveis se combinam em alguns exemplares, fazendo o preço disparar para patamares dignos de investimento milionário.

Os exemplares mais valiosos do Lincoln Wheat Penny

Agora vem a parte que realmente interessa: quais são as moedas que podem transformar um centavo em uma fortuna?

  • 1943 de cobre
    Durante a Segunda Guerra Mundial, os centavos deveriam ser feitos em aço para economizar cobre. Só que alguns poucos exemplares foram cunhados no metal “proibido”. Resultado: hoje valem mais de 300 mil dólares em leilões.

  • Double die de 1955
    Esse é o erro mais famoso: as inscrições saíram duplicadas. Dependendo do estado da moeda, pode valer entre 1.500 e 25.000 dólares em 2025.

  • 1909-S VDB
    Primeiro ano de emissão, com tiragem limitada e assinatura do artista. Começa em 700 dólares e pode superar 10 mil em condição impecável.

  • 1914-D e 1922 sem marca
    Difíceis de encontrar, essas versões entram facilmente no ranking das mais buscadas pelos colecionadores.

Dá para encontrar essas moedas em circulação?

Infelizmente, se você já ficou animado pensando em olhar o troco do mercado, aqui vai a má notícia: a chance é quase zero.

Essas moedas não circulam mais desde 1958. Os relatos de descobertas recentes acontecem quase sempre em lotes antigos, coleções herdadas ou achados guardados por famílias durante décadas.

Ou seja, se você quiser aumentar suas chances, o caminho é heranças, feiras de colecionadores, sites especializados e leilões internacionais.

O que observar em um centavo Lincoln para saber se ele é raro?

Se você topar com uma moeda dessas, precisa analisar alguns pontos-chave:

  • Ano de cunhagem: os mais raros já são bem conhecidos (1909-S VDB, 1914-D, 1922 sem marca, 1931-S e o famoso 1943 de cobre).

  • Material: em 1943, se a moeda não for atraída por um ímã, pode ser cobre raro.

  • Erros de gravação: como o “double die” de 1955, com duplicação visível nas inscrições.

  • Conservação: quanto mais próxima de “zerada”, maior o valor.

O que explica tanta fascinação por essa moeda?

Aqui entra a parte mais curiosa: não é só pelo dinheiro. O Lincoln Wheat Penny virou símbolo de perseverança, de sorte e até de caçada moderna ao tesouro.

Colecionadores veem nessas moedas não apenas cifrões, mas também um retrato vivo da história americana. Cada detalhe guarda um pedaço da cultura, da arte e da política do século XX.

Além disso, existe sempre aquele fio de esperança: a ideia de que, talvez, em algum lugar, alguém ainda vá encontrar uma dessas relíquias perdida em uma caixinha antiga.

Vale a pena procurar uma moeda dessas?

Para quem gosta de história, sim. Para quem sonha em enriquecer da noite para o dia, também vale tentar, mas com os pés no chão. Hoje, praticamente todos os exemplares raros já estão catalogados ou em mãos de colecionadores.

A recomendação dos especialistas é: se você acha que tem uma moeda rara, nunca venda sem avaliação profissional. Existem empresas de certificação numismática que atestam a autenticidade e podem abrir portas para leilões sérios.

Curiosidades que tornam o centavo de trigo ainda mais interessante

  • O Lincoln Wheat Penny foi a primeira moeda dos EUA a quebrar a tradição de símbolos e águias, colocando um rosto humano no design.

  • Em 1909, houve polêmica porque a sigla “VDB” do artista era considerada muito chamativa.

  • Até hoje, existem clubes e associações de colecionadores só para estudar essa moedinha.

Saulo Moreira

Saulo Moreira dos Santos, 29 anos, é um profissional comprometido com a comunicação e a disseminação de informações relevantes. Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Salvador, descobriu sua verdadeira vocação na escrita e na criação de conteúdo digital. Com mais de 15 anos de experiência como redator web, Saulo se especializou na produção de artigos e notícias sobre temas de grande interesse social, incluindo concursos públicos, benefícios sociais, direitos trabalhistas e futebol. Sua busca por precisão e relevância fez dele uma referência nesses segmentos, ajudando milhares de leitores a se manterem informados e atualizados.… Mais »
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