Economia

As 5 profissões que a Inteligência Artificial não consegue substituir e podem te dar muito dinheiro

Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) avançou a passos largos. De assistentes virtuais que fazem textos complexos a robôs capazes de analisar exames médicos com precisão impressionante, a tecnologia vem mudando a forma como trabalhamos, nos comunicamos e até como aprendemos.

Mas junto com todo esse progresso, surgiu um medo inevitável: será que meu emprego vai ser substituído pela IA?

Esse é um questionamento cada vez mais comum. Afinal, empresas do mundo todo têm adotado soluções tecnológicas para ganhar velocidade, reduzir custos e aumentar a eficiência. E isso levanta uma dúvida cruel: será que no futuro sobrará espaço para os humanos no mercado de trabalho?

A boa notícia é que, apesar do avanço tecnológico, existem áreas em que a presença humana ainda é insubstituível. Profissões que dependem de criatividade, empatia, tomada de decisão complexa e interação humana continuam crescendo – e a IA, pelo menos por enquanto, não consegue dar conta dessas funções. Além disso, as funções apresentadas são bem remuneradas, o que as tornam ainda mais vantajosas.

1. Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros e terapeutas

Quando se fala em profissões “à prova de robôs”, a área da saúde quase sempre aparece no topo da lista. E não é por acaso.

Por mais que a tecnologia tenha avançado, com softwares capazes de auxiliar em diagnósticos e até cirurgias feitas por braços robóticos, a empatia e a capacidade de compreender nuances emocionais continuam sendo habilidades essencialmente humanas.

Imagine uma consulta médica: você pode até receber um laudo automatizado com base em exames, mas a conversa com o profissional, a forma como ele explica o diagnóstico e oferece suporte emocional, não dá para substituir.

Além disso, profissões como psicólogos e terapeutas dependem de sensibilidade, escuta ativa e capacidade de interpretar sentimentos – coisas que nenhuma máquina consegue reproduzir com profundidade.

Outro ponto importante: a população mundial está envelhecendo. Isso significa que, nos próximos anos, a demanda por profissionais de saúde só tende a crescer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2030, o planeta vai precisar de mais de 18 milhões de trabalhadores na área para atender todas as necessidades.

Com relação aos salários, eles variam bastante conforme país, região, especialidade, experiência e se o profissional atua em rede pública ou privada. No entanto, no geral, os valores são os seguintes:

  • Médicos → maior faixa salarial, podendo ultrapassar R$ 40 mil em especialidades.
  • Enfermeiros → médios, variando entre R$ 3,5 mil e R$ 12 mil.
  • Terapeutas → variam bastante, mas geralmente ficam entre R$ 2,5 mil e R$ 6 mil, com possibilidade de aumentar via atendimento particular.

2. Profissionais de educação: professores e educadores

Se tem uma área em que a IA está entrando com tudo, é a educação. Já existem plataformas que criam exercícios, corrigem provas e até desenvolvem planos de aula personalizados.

Mas, mesmo com toda essa tecnologia, o papel do professor continua sendo central. Isso porque, ensinar não é só transmitir conhecimento. É sobre inspirar, motivar e entender o ritmo de aprendizado de cada aluno.

Além disso, educadores atuam como guias na formação de valores, pensamento crítico e habilidades sociais – áreas em que a inteligência artificial não tem alcance.

Outro detalhe importante se refere a demanda por profissionais da educação tende a crescer nos próximos anos, especialmente em áreas como educação infantil, educação inclusiva e ensino de idiomas. Ou seja, mesmo com as salas de aula cada vez mais tecnológicas, o professor continua sendo indispensável.

No caso dos professores e educadores no Brasil, os salários também variam de acordo com nível de ensino (infantil, fundamental, médio, superior), rede pública ou privada, carga horária semanal (20h, 30h ou 40h) e região do país. Em 2025, os valores em média são:

  • Professor de educação básica → R$ 4,5 mil (piso nacional, 40h).
  • Professor universitário público → R$ 10 mil a R$ 20 mil.
  • Professor universitário privado → varia muito, em média R$ 4 mil a R$ 12 mil.
  • Educadores sociais/pedagogos → entre R$ 2 mil e R$ 8 mil.

3. Profissionais de marketing e comunicação

Você já deve ter ouvido falar que a IA é capaz de escrever textos, criar imagens e até compor músicas. E é verdade. Mas quando o assunto é estratégia, criatividade e conexão emocional com o público, os humanos ainda levam vantagem.

Profissões como redatores, publicitários, roteiristas e estrategistas de marketing dependem de interpretação cultural, senso de humor e conhecimento de contexto – e tudo isso é muito difícil para uma máquina reproduzir. Por exemplo: a IA pode gerar um slogan bonito, mas será que ela consegue criar uma campanha que emocione as pessoas, gere identificação e viralize nas redes sociais?

Além disso, o comportamento do consumidor muda o tempo todo. Entender essas mudanças exige sensibilidade e repertório humano, coisas que nenhum algoritmo possui.

Por isso, profissionais de marketing, jornalismo e produção de conteúdo continuam em alta – especialmente aqueles que sabem usar a tecnologia como aliada, e não como substituta.

Na área de marketing e comunicação, os salários no Brasil em 2025 variam muito conforme porte da empresa (startup x multinacional), região (Sudeste tende a pagar mais), nível de experiência (júnior, pleno, sênior, gestor), e função específica (ex.: social media, redator, designer, analista de marketing digital, gerente). No entanto, no geral, estas são as médias salariais em 2025:

  • Júnior: R$ 2 mil – R$ 3,5 mil
  • Pleno: R$ 4 mil – R$ 8 mil
  • Gestão: R$ 10 mil – R$ 40 mil

4. Profissionais de recursos humanos e desenvolvimento humano

Muita gente acha que Recursos Humanos é só contratar e demitir, mas na verdade essa área está passando por uma transformação gigante.

As empresas têm entendido que cuidar das pessoas é fundamental para aumentar a produtividade e reter talentos.

E, por mais que existam softwares para filtrar currículos e automatizar processos, a gestão de pessoas exige empatia, inteligência emocional e capacidade de entender cada indivíduo.

Um líder de RH precisa lidar com conflitos, motivar equipes, entender o clima organizacional e criar estratégias para o desenvolvimento dos colaboradores.

Tudo isso envolve fatores subjetivos e emocionais, que a inteligência artificial não consegue analisar com profundidade.

Além disso, temas como saúde mental, diversidade e inclusão ganharam espaço dentro das empresas, exigindo profissionais preparados para lidar com questões humanas complexas. Por isso, áreas ligadas a RH, coaching e desenvolvimento humano estão cada vez mais valorizadas.

Falando sobre os salários, é válido destacar que os valores variáveis conforme experiência, porte da empresa e localização. Com base em levantamentos deste ano, os pagamentos são:

  • Áreas de Desenvolvimento Humano – varia entre R$ 4.000 e R$ 30.000.
  • Áreas de Recursos Humanos: varia entre R$2.500 e R$ 35.000.

5. Profissionais de áreas criativas e artísticas

Por último, mas não menos importante, estão as profissões ligadas à arte, cultura e criatividade.

Pintores, músicos, escritores, designers, atores e outras carreiras artísticas dependem de algo que a inteligência artificial ainda não domina: a originalidade genuína.

Sim, a IA pode criar imagens, músicas e até livros inteiros. Mas tudo isso é baseado em dados já existentes. Ou seja, ela imita padrões, mas não consegue criar algo totalmente novo, carregado de experiências pessoais e emoções humanas.

A arte tem muito de subjetividade, expressão pessoal e contexto histórico – coisas que as máquinas não conseguem sentir.

Além disso, a valorização da autenticidade está em alta. As pessoas querem consumir conteúdos e produtos que transmitam identidade, propósito e humanidade.

Por isso, profissionais criativos continuam sendo peças-chave em publicidade, entretenimento, design e produção cultural.

Os salários sofrem uma variação conforme experiência, local e porte da empresa. Algumas funções são muito variáveis, especialmente quando há renda de freelas ou trabalho de portfólio. Confira as médias salariais de 2025:

  • Área de profissionais criativos/artísticos: Salários variados entre R$ 2.200 e R$ 3.200

O que essas profissões têm em comum?

Se você observar bem, todas essas áreas têm algo em comum: elas dependem de habilidades essencialmente humanas.

Estamos falando de empatia, criatividade, pensamento crítico, interpretação de emoções e capacidade de resolver problemas complexos.

A inteligência artificial pode até ser mais rápida, mas ainda está longe de reproduzir a complexidade do ser humano.

E isso mostra que, em vez de competir com a tecnologia, o segredo é aprender a trabalhar junto com ela. Profissionais que souberem usar a IA como ferramenta para ganhar eficiência e, ao mesmo tempo, desenvolverem habilidades humanas, terão mais chances de crescer no mercado de trabalho

Ester Farias

Ester Santos Farias, 24 anos, é uma profissional apaixonada pela escrita e pelo universo jurídico. Graduanda em Direito, ela combina sua formação acadêmica com uma sólida experiência como redatora web. Com mais de seis anos de atuação no mercado digital, Ester se especializou na produção de conteúdos sobre benefícios sociais, direitos trabalhistas e direito previdenciário, tornando temas como INSS e BPC mais acessíveis e compreensíveis. Sua dedicação à escrita se reflete na precisão e qualidade dos textos, consolidando sua reputação como referência na produção e revisão de materiais voltados para o público online. Sempre em busca de aprimoramento, Ester alia… Mais »
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