Quer economizar na cozinha? Veja quem gasta menos: airfryer ou forno elétrico e descubra como isso impacta sua conta de luz

Se tem uma coisa que todo mundo ama é preparar uma comida gostosa sem ver a conta de luz virar um filme de terror no fim do mês. Mas aí surge a dúvida: afinal, o que gasta menos, a famosa airfryer ou o tradicional forno elétrico?
Pode parecer apenas uma escolha de gosto ou praticidade, mas existe um detalhe que pesa — e muito — no bolso: o consumo de energia. E é isso que vamos descobrir agora, de forma simples, divertida e sem complicações.
Por que todo mundo fala tanto da airfryer?
A airfryer virou queridinha das cozinhas brasileiras. E não é por acaso. Ela é rápida, prática e promete fazer alimentos crocantes sem a necessidade de litros de óleo. Além disso, é compacta e não exige tanto espaço nem instalação especial.
O que pouca gente percebe é que, além da saúde e da praticidade, a airfryer também pode ajudar na economia de energia — mas só até certo ponto. É aqui que a disputa com o forno elétrico começa a ficar interessante.
Entendendo como o consumo é medido
Antes de sair declarando o campeão da economia, é bom entender como o consumo de energia é calculado.
A conta básica é simples: potência do aparelho (em watts) x tempo de uso (em horas) = consumo em watt-hora (Wh).
Depois, esse número é convertido em quilowatt-hora (kWh), que é a unidade usada pelas companhias de energia para calcular a sua conta.
Por exemplo:
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Um aparelho de 1.000 W usado por 1 hora consome 1 kWh.
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Se a tarifa da sua cidade é R$ 0,90 por kWh, essa hora de uso custaria R$ 0,90.
Simples assim.
Consumo médio da airfryer
As airfryers mais comuns do mercado têm potência entre 1.200 W e 1.500 W. Na prática, isso significa que, se você ligar a sua por 30 minutos para preparar batatas, frango ou legumes, o consumo será de aproximadamente 0,6 kWh.
Ou seja, se a tarifa for R$ 0,90, esse preparo custaria algo em torno de R$ 0,54.
Além disso, a airfryer costuma ser mais rápida: muitos pratos ficam prontos em metade do tempo que levariam no forno tradicional. Isso já dá uma pista de quem pode vencer a disputa.
Consumo médio do forno elétrico
Já os fornos elétricos variam bastante. Os modelos menores podem ter potência de 1.200 W, enquanto os maiores chegam a 2.000 W ou mais.
E o detalhe mais importante: eles levam mais tempo para assar os alimentos. Uma receita que na airfryer ficaria pronta em 30 minutos, no forno elétrico pode levar até 1 hora.
Isso significa que, se o forno tiver 1.500 W e for usado por 1 hora, o consumo será de 1,5 kWh — ou R$ 1,35 na mesma tarifa de energia.
Já deu para perceber que o forno elétrico começa a perder pontos, certo?
Comparação lado a lado: quem gasta menos?
Vamos resumir para ficar bem claro. Considerando uma receita simples, como frango assado:
Aparelho | Potência média | Tempo de uso | Consumo em kWh | Custo estimado* |
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Airfryer | 1.400 W | 30 min | 0,7 kWh | R$ 0,63 |
Forno Elétrico | 1.500 W | 1 hora | 1,5 kWh | R$ 1,35 |
*Valores aproximados considerando tarifa de R$ 0,90/kWh.
Ou seja, a airfryer consome cerca da metade da energia para fazer a mesma receita, justamente porque cozinha mais rápido.
Fatores que podem mudar esse resultado
Nem tudo é tão simples quanto parece. Existem alguns detalhes que podem fazer o consumo variar:
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Tamanho da porção: se você cozinhar para muita gente, talvez precise usar a airfryer várias vezes, enquanto o forno assa tudo de uma vez só.
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Eficiência do aparelho: modelos mais novos, tanto de airfryer quanto de forno, costumam ser mais eficientes.
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Temperatura e pré-aquecimento: fornos elétricos normalmente precisam de pré-aquecimento, o que aumenta o consumo. A airfryer, não.
Mesmo assim, na maioria dos cenários, a airfryer continua levando vantagem.
E o sabor, muda alguma coisa?
Para quem está preocupado com o sabor, a diferença existe, sim. O forno elétrico costuma deixar os alimentos mais dourados por igual, principalmente em receitas como pães, bolos e tortas.
A airfryer é perfeita para pratos rápidos, como batatas, frango empanado e legumes, mas pode não entregar o mesmo resultado em receitas mais delicadas.
Por isso, a escolha também depende do tipo de comida que você faz com mais frequência.
Dicas para economizar energia na cozinha
Independente do aparelho que você escolha, algumas atitudes podem reduzir — e muito — o gasto de energia:
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Evite abrir o forno toda hora: cada vez que a porta é aberta, o calor escapa e o aparelho trabalha mais para voltar à temperatura ideal.
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Use a função correta: muitos fornos têm modos específicos para gratinar, assar e até descongelar, o que pode reduzir o tempo de uso.
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Cozinhe em maiores quantidades: fazer várias refeições de uma só vez pode ser mais econômico do que ligar o aparelho todo dia.
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Verifique a vedação do forno: no caso dos modelos elétricos, uma borracha danificada pode fazer o calor escapar e aumentar o consumo.
Essas pequenas mudanças podem reduzir significativamente a conta no fim do mês.
O impacto na conta de luz ao longo do mês
Para quem gosta de ver números, vamos imaginar duas pessoas:
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Ana, que usa a airfryer 20 vezes por mês, 30 minutos cada vez.
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Carlos, que usa o forno elétrico 20 vezes por mês, 1 hora cada vez.
Com a mesma tarifa de R$ 0,90 por kWh:
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Ana gastaria cerca de R$ 12,60 no mês.
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Carlos gastaria aproximadamente R$ 27,00.
Ou seja, quase o dobro só por escolher um aparelho diferente.
Então, qual é o veredito?
Na maioria dos casos, a airfryer é mais econômica do que o forno elétrico, principalmente para receitas rápidas e porções menores.
Ela cozinha mais rápido, consome menos energia e, de quebra, ainda é fácil de limpar.
O forno elétrico só começa a ser mais vantajoso quando você prepara grandes quantidades de comida de uma só vez ou precisa de resultados mais precisos em receitas como bolos e pães.
Para quem está de olho na conta de luz, a airfryer segue como campeã da economia na cozinha.