A partir de 20 de novembro de 2025, aposentados, pensionistas e beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) precisarão se adequar a uma mudança importante no INSS: a obrigatoriedade do cadastro biométrico. Quem não realizar o procedimento pode ter o benefício bloqueado ou até suspenso de forma definitiva.
A medida está prevista na Lei nº 15.077, que institui a biometria como requisito essencial para a manutenção dos pagamentos previdenciários. O objetivo é modernizar a prova de vida, aumentar a segurança e reduzir fraudes, evitando prejuízos milionários aos cofres públicos.
Por que a biometria é obrigatória e quem será afetado
O INSS realiza milhões de pagamentos todos os anos, e uma parcela significativa deles envolve erros, fraudes ou beneficiários que já não têm direito ao valor. A biometria garante que somente os verdadeiros titulares recebam os benefícios, fortalecendo a segurança do sistema e alinhando-se à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
O impacto será sentido por três grupos principais de segurados:
Aposentados: recebem pagamentos mensais por tempo de contribuição ou idade.
Pensionistas: recebem pensão por morte de segurados falecidos.
Beneficiários do BPC/LOAS: idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social e econômica.
Quem não se cadastrar terá o benefício bloqueado temporariamente, podendo chegar à suspensão definitiva se não regularizar a situação dentro do prazo.
Onde e como fazer o cadastro da biometria
O INSS disponibiliza diferentes canais para facilitar o cadastramento, tanto presencial quanto remoto. Entre os principais meios estão:
Aplicativo Meu INSS: permite fazer a prova de vida digitalmente, utilizando reconhecimento facial, sem sair de casa.
INSS">Agências do INSS: atendimento presencial para quem preferir suporte ou não conseguir realizar digitalmente.
Agências bancárias conveniadas: locais que já realizam a prova de vida e cadastro biométrico.
Central telefônica 135: esclarece dúvidas e orienta sobre pontos de atendimento.
O cadastro é válido em todo o território nacional, sem exceções por região.
Processo de adaptação e consequências para quem não aderir
O Governo Federal prevê uma transição gradual, com prazos e cronogramas específicos. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos deverá divulgar o calendário oficial, para que os beneficiários possam se adaptar sem enfrentar grandes filas.
Quem já possui biometria cadastrada em documentos oficiais, como CNH ou a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), pode estar dispensado da coleta pelo INSS.
No entanto, quem deixar de cumprir a obrigatoriedade verá o benefício bloqueado imediatamente. Em caso de demora prolongada, pode ocorrer o cancelamento definitivo, obrigando o segurado a solicitar a reativação, processo que pode ser burocrático e demorado.
Atendimento preferencial e impacto no BPC/LOAS
Os beneficiários do BPC/LOAS são, em sua maioria, idosos ou pessoas com deficiência. Para eles, o Governo oferece atendimento preferencial e suporte especializado, com auxílio de organizações sociais e unidades de assistência.
Apesar do suporte, a exigência é a mesma: sem biometria, não há pagamento.
Especialistas em direito previdenciário ressaltam que, embora o processo represente um desafio inicial para os grupos mais vulneráveis, ele é essencial para a modernização e segurança do sistema previdenciário brasileiro.
Dicas para garantir que o benefício continue sendo pago
Antecedência: não espere o último momento para realizar a biometria.
Ajuda de familiares: caso tenha dificuldades digitais ou de locomoção.
Documentação correta: leve CNH ou CIN se já tiver biometria cadastrada, pois isso pode agilizar o processo.
Acompanhamento do calendário: fique atento às datas divulgadas pelo INSS para cada grupo.
Uso do Meu INSS: aplicativo simplifica o processo, evitando deslocamentos desnecessários.
A medida reforça que, em 2025, o INSS vai operar de forma mais digital e segura, garantindo que apenas os beneficiários legítimos recebam os valores. A biometria não é apenas uma formalidade: é uma ferramenta de proteção de recursos públicos, e a não adesão terá consequências diretas e imediatas.
