Governo divulga quem pode receber o empréstimo do Bolsa Família em 2025
O ano de 2025 começou com novidades importantes para milhões de brasileiros inscritos no Cadastro Único e beneficiários do Bolsa Família.
Um dos destaques é a continuidade do programa Acredita, uma iniciativa do Governo Federal voltada à inclusão financeira das camadas mais vulneráveis da população.
Através do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), o programa está oferecendo linhas de crédito orientadas para quem deseja iniciar ou expandir um pequeno negócio.
A proposta vem sendo celebrada por abrir portas para famílias de baixa renda conquistarem independência financeira.
O nome do eixo responsável por essa transformação é “Acredita no Primeiro Passo”, voltado especialmente para beneficiários do Bolsa Família, trabalhadores informais, mulheres empreendedoras e pequenos produtores rurais.
O que é o programa Acredita?
O Acredita foi criado com o intuito de democratizar o acesso ao crédito, em especial para quem historicamente ficou de fora dos grandes sistemas bancários.
Em sua estrutura, o programa está dividido em quatro eixos principais, atendendo a diferentes públicos e necessidades da economia brasileira:
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Acredita no Primeiro Passo: Foco em famílias de baixa renda, mulheres, informais e produtores rurais. É o eixo voltado diretamente aos beneficiários do Bolsa Família e CadÚnico;
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Acredita no Seu Negócio: Facilita a renegociação de dívidas e amplia o acesso ao crédito para MEIs e microempresas;
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Mercado Secundário para Crédito Imobiliário: Focado na estruturação de um mercado secundário de crédito habitacional;
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Eco Invest Brasil: Destinado a atrair investimentos estrangeiros para projetos sustentáveis no Brasil.
Acredita no Primeiro Passo: crédito para transformar vidas
É justamente o eixo “Primeiro Passo” que se tornou destaque entre os beneficiários do Bolsa Família. Desde o lançamento do programa, já foram liberados R$ 726,4 milhões em crédito para mais de 87 mil pessoas.
Esse dinheiro está sendo usado por brasileiros que desejam iniciar seu próprio negócio — de salões de beleza e oficinas mecânicas até consultórios odontológicos e pequenos portais de comunicação.
“O objetivo é dar condições reais para quem quer empreender. Não estamos falando apenas do Bolsa Família tradicional, mas de beneficiários que se formaram, que têm uma ideia e precisam de capital para colocá-la em prática”, afirmou o ministro Wellington Dias, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro.
Quem pode solicitar o empréstimo do Bolsa Família?
Para ter acesso ao crédito do programa Acredita, o interessado precisa se enquadrar em alguns critérios. Veja quem pode solicitar:
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Ser inscrito no Cadastro Único (CadÚnico);
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Ser beneficiário do Bolsa Família ou estar em situação de vulnerabilidade social;
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Ter plano de negócio ou intenção de abrir uma atividade econômica formal ou informal;
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No caso de MEI, já estar registrado e com CNPJ ativo.
O crédito é orientado, ou seja, o solicitante recebe acompanhamento e apoio técnico para garantir o bom uso dos recursos, desde a aprovação até a execução do plano de negócio.
Qual o valor do empréstimo e como funciona?
O valor concedido no eixo “Acredita no Primeiro Passo” varia de acordo com o perfil do beneficiário:
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Para quem deseja abrir o primeiro negócio: até R$ 21 mil em crédito;
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Para quem já tem CNPJ ativo (MEI): o valor pode chegar a até 30% do faturamento registrado no ano anterior.
A taxa de juros é reduzida, e o prazo para pagamento pode chegar a 36 meses, com carência de até 6 meses para iniciar os pagamentos — o que facilita o início do empreendimento.
Onde solicitar o empréstimo?
Apesar da operação ainda estar em expansão, os interessados já podem procurar as seguintes instituições financeiras parceiras do programa:
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Banco do Brasil
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Caixa Econômica Federal
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Banco do Nordeste
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Banco da Amazônia
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Banpará (PA)
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Cooperativas de crédito como Sicoob, Sicredi e Cresol
Cada banco possui critérios próprios de análise, mas todos seguem as diretrizes do MDS e do programa Acredita.
Investimento e metas do governo
Para garantir a viabilidade do Acredita, o Governo Federal aportou R$ 500 milhões do Tesouro Nacional no Fundo Garantidor de Operações (FGO).
A previsão é que mais R$ 500 milhões sejam liberados ainda em 2025, com projeção de que o programa supere R$ 12 bilhões em crédito concedido até o final do ano.
A iniciativa pretende não apenas fomentar o empreendedorismo, mas reduzir a dependência exclusiva dos programas assistenciais, promovendo autonomia econômica e geração de emprego e renda.
Nordeste lidera em número de beneficiários
De acordo com os dados mais recentes divulgados pelo governo, o Nordeste é a região com maior volume de operações realizadas no eixo “Primeiro Passo”. O Ceará, por exemplo, já contabiliza mais de 22 mil operações, somando cerca de R$ 160 milhões em crédito.
A prioridade do programa é justamente alcançar comunidades carentes, cidades do interior e zonas rurais, onde o acesso ao crédito tradicional é muitas vezes inexistente.
Declarações do ministro Wellington Dias
Em suas declarações à imprensa, o ministro Wellington Dias reforçou que o programa não se limita ao crédito:
“Nós damos o suporte para que a pessoa que pega esse dinheiro consiga sucesso. A gente não quer que ela apenas pegue o empréstimo, mas que transforme isso em renda, em dignidade para a família e para a comunidade.”
Essa visão social integrada está presente em todas as etapas do Acredita, que conta com suporte técnico, capacitação e acompanhamento por parte dos órgãos parceiros.
Até quando o programa estará disponível?
Segundo o cronograma atual, o programa Acredita deverá estar operacional em todos os seus eixos até 2026 ou 2027, com prazo de avaliação para continuidade conforme o desempenho.
O eixo Acredita no Primeiro Passo, no entanto, seguirá sendo prioridade, devido à alta demanda entre beneficiários do CadÚnico e Bolsa Família.
Como saber se posso participar?
O primeiro passo é verificar se seus dados estão atualizados no Cadastro Único. Em seguida, é importante:
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Ter um plano básico de negócio ou ideia de empreendimento;
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Procurar um banco parceiro para obter mais informações;
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Participar das orientações e capacitações oferecidas no processo;
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Cumprir as exigências de crédito definidas por cada instituição.