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Pagamento por PIX deve ficar para trás e o substituto foi revelado

Durante o Brazilian iGaming Summit, realizado na última quinta-feira (10 de abril), especialistas em tecnologia e meios de pagamento lançaram uma previsão ousada: a biometria pode superar o Pix como principal forma de pagamento no Brasil nos próximos anos.

O tema foi debatido no painel “Cenário de pagamentos no iGaming: desafios e oportunidades na ‘Era do Pagamento por PIX deve ficar para trás e o substituto foi reveladoe da Regulamentação’”, e trouxe à tona uma tendência que promete revolucionar o mercado financeiro nacional — o pagamento por reconhecimento biométrico.

A discussão reforça que, se hoje o Pix é sinônimo de agilidade, segurança e popularidade, o futuro reserva algo ainda mais fluido e intuitivo: pagar com a digital, o rosto ou até a íris, sem a necessidade de abrir aplicativos, copiar códigos ou lidar com falhas em plataformas bancárias.

Pix é sucesso, mas tem limitações

Desde o seu lançamento pelo Banco Central em novembro de 2020, o Pix caiu no gosto dos brasileiros. Atualmente, o sistema de pagamentos instantâneos já é utilizado por mais de 150 milhões de pessoas e movimenta bilhões de reais por mês em transferências entre pessoas, empresas e governo.

No entanto, o Pix ainda depende de etapas que, embora rápidas, podem representar obstáculos em determinados contextos. Em compras online, por exemplo, o usuário precisa:

  1. Clicar no botão Pix

  2. Copiar o código QR

  3. Abrir o app do banco

  4. Colar o código

  5. Autorizar a transação

Esse processo, segundo Cesar Garcia, CEO da OneKey Payments, ainda representa uma “jornada de fricção”.

“O usuário entra na plataforma, tem que abrir o aplicativo do banco, copiar e colar o código, autorizar o pagamento… tudo isso pode levar até 3 minutos ou mais, o que atrapalha a fluidez da experiência”, explicou.

É justamente nesse ponto que a biometria entra como solução inovadora, prometendo encurtar esse caminho.

Pagamento por biometria: o que é e como funciona?

O pagamento por biometria consiste na utilização de dados únicos do corpo humano — como impressões digitais, reconhecimento facial ou leitura da íris — para autorizar uma transação financeira. Em vez de senhas ou QR Codes, o usuário simplesmente confirma a operação com um toque ou com o rosto.

Essa tecnologia já é parcialmente utilizada em alguns sistemas de autenticação bancária, mas agora caminha para ser o próprio meio de pagamento, dispensando aplicativos, senhas ou códigos.

“Estamos apostando nisso como o próximo passo de desenvolvimento para mudar a maneira como hoje é enxergado o Pix”, afirmou Garcia.

Open Finance e a base da nova revolução

Segundo os especialistas presentes no evento, o avanço do Open Finance no Brasil é o pilar que possibilitará a ascensão dos pagamentos biométricos.

O Open Finance, modelo de compartilhamento padronizado de dados entre instituições financeiras, abre espaço para soluções mais personalizadas, seguras e inteligentes, colocando o consumidor no centro da jornada.

Com ele, será possível integrar autenticações biométricas a carteiras digitais, bancos, gateways de pagamento e plataformas de comércio eletrônico, tornando a biometria um meio de pagamento viável, rápido e seguro.

Inovação que reduz riscos e falhas

Outro ponto destacado por Bruno Gonçalves, Sales Manager da OktoBank, foi a redução das falhas e instabilidades nas operações com a biometria.

“Hoje, quando um banco está fora do ar, o usuário não consegue finalizar o pagamento com Pix. Ter um outro produto, como o ‘Pix biometria’, vem justamente para solucionar essa dor. Isso está chegando para ficar”, declarou.

A proposta é eliminar o processo com muitos cliques e etapas. “Vocês não vão mais ter 9 passos para fazer um pagamento. Isso é inovação. Não tem como o usuário brasileiro fugir de uma coisa sensacional como essa”, completou.

Biometria além do iGaming

Embora o painel do Brazilian iGaming Summit tenha sido focado no setor de apostas e entretenimento digital, os especialistas foram unânimes ao afirmar que os impactos da biometria vão muito além desse segmento.

Segundo Garcia, o marketplace nacional como um todo deve ser beneficiado com a tecnologia, especialmente em setores que dependem de altas taxas de conversão em vendas e experiência do usuário otimizada.

Plataformas de e-commerce, aplicativos de delivery, fintechs, bancos digitais e até serviços públicos poderão, em breve, incorporar a biometria como meio de pagamento.

Benefícios para o consumidor e para as empresas

A adesão da biometria como meio de pagamento traz vantagens tanto para o consumidor quanto para as empresas. Veja os principais benefícios destacados pelos especialistas:

Para o consumidor:

  • Rapidez nas transações (em menos de 5 segundos)

  • Maior segurança, já que os dados biométricos são únicos e difíceis de fraudar

  • Comodidade, eliminando o uso de senhas e QR Codes

  • Acessibilidade: útil para pessoas com dificuldades visuais ou motoras

Para as empresas:

  • Redução de abandono de carrinho em e-commerces

  • Aumento da conversão em checkouts digitais

  • Menor custo com fraudes e chargebacks

  • Integração facilitada com Open Finance

Desafios: regulação e privacidade

Apesar do entusiasmo com o futuro da biometria, os especialistas também apontaram desafios que precisam ser superados antes da ampla adoção da tecnologia.

O primeiro deles é a regulação da proteção de dados biométricos, considerada sensível pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O uso desse tipo de informação exige consentimento explícito, além de critérios rígidos de segurança e armazenamento.

Além disso, será preciso garantir a padronização tecnológica entre as instituições financeiras, bem como educar o consumidor sobre os novos meios de pagamento e sua segurança.

“A biometria precisa estar atrelada a um ecossistema seguro e confiável. Isso envolve todos os atores do mercado, incluindo reguladores, bancos, fintechs e desenvolvedores”, explicou Gonçalves.

O futuro está chegando

Se a previsão dos especialistas estiver correta, o pagamento por biometria não será apenas uma opção — mas sim o novo padrão para transações no Brasil.

A velocidade com que o Pix foi adotado é um indício de que o consumidor brasileiro está aberto à inovação, especialmente quando ela traz conveniência, agilidade e segurança. Nesse sentido, a biometria tem potencial para mudar definitivamente a maneira como o dinheiro circula no país.

Embora ainda não haja uma data para o lançamento oficial de soluções amplas de pagamento biométrico, empresas como OneKey Payments e OktoBank já sinalizam que os testes estão avançados e que a tecnologia pode chegar ao mercado em breve.

Abquesia Farias

Abquesia Farias Modesto é uma jovem profissional entusiasta da comunicação digital. Aos 22 anos, cursa graduação na Faculdade Pitágoras, em Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia, onde aprimora seus conhecimentos e habilidades na área. Com mais de quatro anos de experiência como redatora web, especializou-se na produção de conteúdos informativos sobre temas essenciais para o cotidiano dos brasileiros. Seu trabalho abrange benefícios sociais, como Bolsa Família e Auxílio-Gás, além de direitos trabalhistas, incluindo FGTS e PIS/PASEP. Além disso, possui ampla experiência na área de finanças e investimentos, oferecendo informações acessíveis e relevantes para quem busca aprimorar sua vida… Mais »
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