Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, declarou que tomará a decisão sobre a introdução do horário de verão após um encontro com a equipe técnica nesta terça-feira (15/10).
Este é o prazo limite para o governo conseguir colocá-lo em prática ainda neste ano e após o período eleitoral. Silveira esclareceu que várias áreas, como a aviação, requerem pelo menos vinte dias para se ajustarem à alteração.
Silveira afirmou que o presidente Lula já concordou com a decisão, caso seja imprescindível. O encontro será utilizado para uma avaliação final dos riscos relacionados à energia.
Retorno do Horário de Verão: o que se sabe até agora
O ministro esclareceu que a equipe técnica analisará na reunião a conveniência do horário de verão, considerando as novas previsões de escassez de água e a habilidade das hidrelétricas em fornecer energia de reserva ao sistema.
“Estamos diante da pior seca dos últimos 73 anos e, mesmo com as medidas prudenciais, conseguimos preservar cerca de 13% da água do sistema”, disse.
O ministro esclareceu que a equipe técnica analisará na reunião a necessidade do horário de verão com base nas novas estimativas de escassez de água e na capacidade das hidrelétricas de fornecer energia de reserva ao sistema.
Ele também afirmou que, ao contrário de administrações anteriores, desta vez será viável ligar usinas térmicas apenas em situações de necessidade.
“Se tem algo que não se pode abrir em uma política pública com essa dimensão, é a questão da previsibilidade. A importância maior do horário de verão e tem muita importância é entre 15 de outubro e 30 de novembro. Até 15 de dezembro tem uma importância vigorosa, não que ele não tenha depois, mas vai diminuindo a curva da importância dele”, concluiu.
A alteração ocorreu devido a um veredito do TCU (Tribunal de Contas da União), que permitiu que as usinas térmicas operassem sob um regime flexível. Anteriormente, eram contratadas para produzir energia de forma contínua, o que elevava consideravelmente a fatura de luz dos brasileiros.
Brasileiros estão divididos
Conforme pesquisa feita pela Datafolha, 47% se posicionam a favor do retorno do horário de verão. Outros 47% se opõem à alteração no relógio, ao passo que 6% demonstraram indiferença.
A pesquisa foi realizada nos dias 7 e 8 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, tanto para cima quanto para baixo, com um intervalo de confiança de 95%.
A primeira implementação do horário de verão no Brasil ocorreu em 1931, durante a administração do presidente Getúlio Vargas, através de um decreto válido para todo o país. Contudo, não se manteve constante, sendo revogado e adotado novamente nos anos subsequentes.
O horário de verão foi suspenso durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019. A ação, que adianta os relógios em uma hora, era implementada anualmente em determinadas áreas do Brasil com o objetivo de reduzir o uso de energia elétrica.
Como funciona o horário de verão
- Início do horário de verão: o relógio é adiantado em 1h, a partir de 0h da data prevista para o início;
- Término do horário de verão: o relógio é atrasado em 1h, a partir de 0h da data de encerramento.
