12 perguntas importantes para quem deseja receber R$1.631 do PIS/PASEP em 2026

O abono salarial do PIS/PASEP é um dos benefícios mais esperados por milhões de trabalhadores brasileiros. Em 2026, o valor pode chegar a R$ 1.631, o que representa um salário mínimo completo, conforme a projeção do governo para o próximo reajuste nacional.
Mas, antes de contar com o dinheiro, é preciso responder algumas perguntas essenciais — aquelas que definem se você vai ou não ter direito ao saque.
1. O que é o PIS/PASEP e para que serve?
O PIS (Programa de Integração Social) e o PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público)foram criados para integrar o trabalhador ao desenvolvimento das empresas e órgãos públicos.
Hoje, eles se resumem ao abono salarial, um valor pago anualmente para quem trabalhou formalmente e recebeu até dois salários mínimos, em média, no ano-base.
2. Quem tem direito ao PIS/PASEP em 2026?
A regra é simples, mas exige atenção. Para receber o abono em 2026, o trabalhador precisa:
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Ter trabalhado com carteira assinada em 2024 (ano-base);
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Ter recebido, em média, até dois salários mínimos mensais;
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Ter, no mínimo, 30 dias de trabalho com registro em 2024;
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Estar inscrito no PIS/PASEP há pelo menos cinco anos;
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Ter os dados atualizados na RAIS ou eSocial.
Se faltar qualquer um desses requisitos, o benefício não é liberado — e é aí que muitos perdem o direito sem perceber.
3. Qual será o valor do PIS/PASEP em 2026?
O valor é proporcional ao tempo trabalhado. O máximo (R$ 1.631, conforme estimativa do novo salário mínimo) é pago a quem trabalhou os 12 meses de 2024.
Quem trabalhou menos, recebe proporcionalmente. Veja o cálculo estimado:
Meses trabalhados | Valor aproximado (R$) |
---|---|
1 mês | 135,92 |
3 meses | 407,76 |
6 meses | 815,52 |
9 meses | 1.223,28 |
12 meses | 1.631,00 |
4. Quando o pagamento começa?
Tradicionalmente, o PIS/PASEP é pago entre fevereiro e agosto.
O calendário oficial é divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), geralmente no início do ano.
O pagamento do PIS é feito pela Caixa Econômica Federal, e o do PASEP, pelo Banco do Brasil.
5. Como consultar se tenho direito ao PIS/PASEP?
A consulta pode ser feita de forma simples, sem precisar sair de casa. Veja os principais canais:
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Aplicativo Carteira de Trabalho Digital: basta acessar com o CPF;
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Site do Gov.br (serviços → abono salarial);
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Aplicativo Caixa Tem (para o PIS);
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Aplicativo Banco do Brasil (para o PASEP).
Esses canais informam se o trabalhador tem direito, o valor a receber e a data prevista para o pagamento.
6. Como saber se meu cadastro está atualizado?
A atualização cadastral é feita pelo empregador, que precisa enviar corretamente as informações ao eSocial (para empresas privadas) ou à RAIS (para órgãos públicos).
Se houver erro ou atraso no envio, o trabalhador pode ficar sem o benefício até que os dados sejam corrigidos.
7. Posso perder o direito ao PIS/PASEP?
Sim, e isso acontece com mais frequência do que parece.
Os principais motivos são:
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Erros no cadastro do empregador;
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Trabalho informal;
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Renda mensal acima do limite;
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Trabalho por menos de 30 dias no ano-base.
Por isso, é importante conferir seu vínculo trabalhista e seus dados no sistema sempre que mudar de emprego.
8. O PIS e o PASEP são a mesma coisa?
Eles têm a mesma função — o abono salarial —, mas atendem públicos diferentes:
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PIS: para trabalhadores da iniciativa privada (pago pela Caixa);
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PASEP: para servidores públicos (pago pelo Banco do Brasil).
Atualmente, ambos são administrados pelo Ministério do Trabalho, e os critérios de pagamento são idênticos.
9. Quem trabalhou com MEI, autônomo ou informal tem direito?
Não. O PIS/PASEP é exclusivo para quem teve vínculo formal, ou seja, com carteira assinada (CLT) ou registro em órgão público.
O trabalhador autônomo ou MEI só tem acesso ao abono se também tiver um emprego formal no ano-base.
10. E se eu tiver dinheiro esquecido do PIS/PASEP antigo?
Boa pergunta. Além do abono atual, existe o fundo das cotas do PIS/PASEP, destinado a quem trabalhou entre 1971 e 1988.
Esse valor é diferente do abono salarial e pode ser sacado a qualquer momento por quem tem direito — inclusive herdeiros de trabalhadores falecidos.
A consulta e o saque são feitos pelo aplicativo FGTS, da Caixa Econômica Federal.
11. Como receber o PIS pelo Caixa Tem?
Desde 2022, a Caixa deposita automaticamente o abono nas contas do Caixa Tem, vinculadas ao CPF do trabalhador.
Quem já recebe outros benefícios — como o Bolsa Família ou o Seguro-Desemprego — também tem acesso pelo mesmo aplicativo.
O dinheiro pode ser transferido via Pix, sacado em lotéricas ou usado diretamente pelo app, sem precisar ir até uma agência.
12. E se eu não sacar o PIS/PASEP dentro do prazo?
Se o dinheiro não for retirado dentro do prazo definido (geralmente até dezembro do ano seguinte), ele volta para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Mas há boas notícias: o trabalhador pode requerer o valor retroativo, desde que prove o direito ao benefício.
Para isso, basta procurar uma agência da Caixa (no caso do PIS) ou do Banco do Brasil (para o PASEP), levando documentos como CPF, carteira de trabalho e comprovante de vínculo empregatício.
O que muda nas regras para 2026
O governo federal estuda mudanças na forma de calcular e liberar o abono. Entre as discussões mais recentes, estão:
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Unificação total do sistema de pagamento via Gov.br;
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Aumento do valor máximo conforme o reajuste do salário mínimo;
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Integração com o Cadastro Nacional de Emprego e Renda (CNER);
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Redução de fraudes e pagamentos indevidos.
Essas mudanças visam tornar o processo mais rápido e transparente, garantindo que o trabalhador receba o benefício no tempo certo e sem precisar enfrentar filas.
O que fazer agora para não perder o abono em 2026
Para quem quer garantir o pagamento de R$ 1.631 no próximo ciclo, o ideal é:
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Conferir seu cadastro na Carteira de Trabalho Digital;
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Atualizar dados com o empregador (empresa ou órgão público);
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Manter o CPF regularizado;
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Baixar o app Caixa Tem e o app Gov.br;
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Acompanhar o calendário oficial de 2026, que deve ser divulgado até janeiro.
Quem se antecipa, evita dor de cabeça e assegura o dinheiro no bolso assim que o governo liberar os créditos.